25 de agosto de 2013

Economia Sustentável Urgente: Dados alarmantes !




Economia Sustentável Urgente: Dados alarmantes !


Economia sustentável

http://envolverde.com.br/economia/economia-sustentavel/

por Marcus Eduardo de Oliveira*


Uma economia só é sustentável quando respeita os princípios da ecologia.

Foi o mercado que formou o atual e devastador modelo econômico que, por se sustentar numa escala de produção crescente para “satisfazer” níveis de consumo exagerados, dilapida os principais serviços ecossistêmicos, exaurindo recursos ambientais acima da capacidade de regeneração do sistema ecológico.

Mesmo tal nível de consumo não sendo extensivo a todos, visto estar concentrado em poucas mãos, fere substancialmente o patrimônio natural. Os números que conformam esse argumento são ilustrativos: pouco mais de 250 pessoas, com ativos superiores a US$ 1 bilhão cada, têm, juntas, mais do que o produto bruto conjunto dos 40 países mais pobres, onde vivem 600 milhões de pessoas. Os 16% mais ricos do mundo são responsáveis por 78% do total do consumo mundial. E 92 mil pessoas acumulam em paraísos fiscais mais de US$ 20 trilhões. As 500 milhões de pessoas mais ricas do planeta são responsáveis por 50% da emissão de dióxido de carbono, agravando o efeito estufa.

De acordo com o relatório “O Estado do Mundo” (elaborado pelo Worldwatch Institute), em 2008 foram vendidos no mundo 68 milhões de veículos, 85 milhões de refrigeradores, 297 milhões de computadores e 1,2 bilhão de telefones celulares. O consumo da humanidade em bens e serviços saiu de US$ 4,9 trilhões, em 1960 (calculado em dólares de 2008); para US$ 23,9 trilhões (1996), chegando em US$ 30 trilhões (2006) e, em US$ 41 trilhões, em 2012.

O consumo suntuoso, conspícuo, no “idioma economês”, grassa aceleradamente, “consumindo” o capital natural do planeta. Os gastos com cosméticos ao ano -somente nos EUA- chegam à importância de US$ 9 bilhões. A Europa (com 740 milhões de habitantes) gasta com cigarros, também ao ano, mais de US$ 50 bilhões, e mais US$ 105 bilhões são gastos em bebidas alcoólicas.

O gasto mundial anual em armamentos e equipamentos bélicos se aproxima de US$ 900 bilhões, enquanto apenas US$ 9 bilhões (portanto, 1% do que as grandes potências gastam para matar gente inocente) seriam suficientes para levar água e saneamento básico para toda a população mundial.

Esse modelo econômico de elevada produção “alimentado” com exagerado consumo, como dissemos, é destruidor dos serviços ecossistêmicos. Basta atentar para o estrago generalizado nos quatro ecossistemas que fornecem nossoalimento – florestas, pradarias, pesqueiros e terras agrícolas.

Especificamente, nesses dois últimos, a atividade econômica tem se manifestado ao longo do tempo de forma muito invasiva. Das 17 reservas pesqueiras oceânicas conhecidas no mundo, 11 delas possuem taxas de retirada maior do que a capacidade de reposição. Das terras firmes do mundo, quatro bilhões de hectares encontram-se deteriorados. Os últimos 50 anos de atividade econômica respondem pela depredação de 60% dos ecossistemas.

Relacionado a isso, o crescimento populacional e, logo, de suas “necessidades”, se apresentam num ritmo mais acelerado do que a natureza é capaz de suportar. 

Descontadas as mortes, a cada dia 220 mil novas pessoas nascem no mundo – são 80 milhões ao ano. Nos últimos 112 anos, a população cresceu mais de 350%; passou de 1,5 bilhão, no ano 1.900, para os atuais 7 bilhões. Por isso, de 1980 pra cá, o consumo mundial dos recursos aumentou 50% – a cada ano são extraídas 60 bilhões de toneladas de recursos.

Quando o consumo material excede o nível necessário, o bem-estar consequentemente declina. Talvez isso explique a necessidade de se criar uma nova economia, um novo modelo econômico projetado para a Terra – e não para o mercado -, sendo considerado sustentável, na acepção do termo, somente se praticar o imprescindível respeito aos princípios ecológicos. Para alcançar esse novo estágio de modelo econômico é necessário, antes, mudar o modus operandi do sistema econômico.

É inaceitável mantê-lo da forma como está, criando cada vez mais necessidades fúteis. É assim que esse modelo se sustenta, pouco se importando em satisfazer plenamente as necessidades da população, mas sim em continuar criando novas produções para alimentar um consumismo, em geral, de futilidades, mantendo sempre em nível elevado essas “necessidades”. Para isso, estimula-se em ritmo alucinante a produção econômica, “oferecendo”, como espécie de “recompensa”, à biosfera mais poluição, mais degradação ecológica.

A obsolescência programada (mecanismo para diminuir a vida útil dos produtos forçando assim novas vendas) ocupa considerável espaço nessa dinâmica. Apenas para ilustrar: somente em 2012, a população brasileira descartou (jogou no lixo) 200 milhões de telefones celulares.

Junto à insidiosa indústria da publicidade (o segundo maior orçamento mundial, perdendo apenas para os gastos bélicos) a dinâmica capitalista “surfa” cada vez mais nessa onda consumista. Quem sofre com isso é o planeta que fica arranhado em sua textura principal pelas garras afiadas desse consumo voraz, ainda que restrito para poucas mãos.

* Marcus Eduardo de Oliveira é professor de economia. Mestre em Integração da América Latina (USP). Contato: prof.marcuseduardo@bol.com.br.

** Publicado originalmente no site Ideia Sustentável.

O que é uma Nova Economia Sustentável?

Mauro Schorr (Orua)*
www.institutoanima.org
www.permaculturabr.ning.com


Uma nova economia mundial ética e sustentável, que coisa estranha não, realmente uma utopia, um sonho, no mundo moderno, mas utopia é o que a gente chama de uma boa maré de calmaria, onde os bons ventos nos levam, para uma saudável e criativa evolução, então a utopia continua valendo, e muito, para que tenhamos um mundo mais justo e saudável

Para podermos alcançar uma economia sólida, duradoura e sustentável, temos alguns passos fundamentais, que infelizmente os nossos novos heróis da mídia, os candidatos a presidência, estão ainda longe de comentar qualquer assunto a respeito:

I - Economia sustentável é a "crista da onda da salvação de nosso futuro no planeta"

- Não investe em futilidades, não alimenta um consumo perdulário, valoriza profundamente o conforto essencial

- Busca o consumo ou o investimento ético, de melhor custo benefício

- Investe em produtos e atividades que tenham maior durabilidade

- Valoriza e irradia o conforto essencial, uma qualidade de vida saudável, inteligente, que não prima pelo excesso de conforto e luxo, e nem a sua ausência, e sim um belo e mais orgânico modo de viver em maior harmonia com os ritmos naturais do nosso planeta, sem desmerecer as conquistas mais dinâmicas e úteis da vida moderna

- Observa as questões sociais, valoriza a ausência de exploração do trabalho e do trabalhador (a)

- A verdadeira economia sustentável é aquela que se dirige a depender menos possível do uso direto do poder do dinheiro, e coloca em pauta ações que não necessitem realmente da moeda corrente, mas sim da geração de riqueza e abundância, que acentue uma primorosa auto-suficiência, como um norte, uma meta que seja mais profundamente alcançada

II – A Economia Sustentável não pode ser para poucos

- É preciso se qualificar um teto salarial máximo pessoal em cada país do planeta, por que os desequilíbrios de ganho financeiro direto estão exagerados, e por causa deles, aumenta a violência brutalmente na sociedade 

- Por causa da concentração de renda, temos uma disputa desleal de poder, e com isso uma manipulação e escravização política e econômica voraz e sem limites de todas as nações da terra neste momento

- Esta situação não consegue ser facilmente freada, e pode ser inicialmente com o aumento dos impostos para os que recebem mais do que R$ - 40.000.00 mensais, com a obrigação de serem repassados os recursos para projetos de recuperação sócio-ambiental e melhoria da educação e saúde das populações mais excluídas

- Interessante que os impostos de poupança no Brasil atingem 6 % ao ano, e os juros dos cartões bancários, mais de 160 % anuais, este tipo de sistema de exploração financeira da sociedade precisa ser urgentemente revisto, é uma injustiça completa o que está ocorrendo, uma subordinação da sociedade aos bancos, e com eles, o repasse de bilhares de recursos para papéis fictícios, e não reais, como a recuperação de áreas degradadas, despoluição de ambientes, melhoria da educação, saúde pública, estradas, portos, aeroportos, entre outros

- Os produtos e a tecnologia da sustentabilidade e de uma ótima qualidade de vida, não podem ser tão elitizados como estão sendo. O sistema matrix quer faturar com os temas mais sagrados e vitais para a nossa salvação futura, desta forma, somente quem tem poder de capital e de compra vai poder adquirir e se abastecer desta nova cultura, este será um sério erro que teremos que evitar para o despertar de praticamente toda a sociedade, e não para os privilegiados de sempre, sobretudo em temas atuais como a permacultura, biodinâmica, antroposofia, yoga, medicina chinesa, psicologia transpessoal, alimentação viva, veganismo, entre outras

III – Economia da Saúde Vital e Espiritual da Humanidade

- Os ritmos de vida da humanidade, são intensos, e escravizados em função de acumular-se dinheiro e bens móveis e imóveis, e para isso surgem turnos de trabalho de 8 a 15 horas diários

- Trabalha-se para se juntar dinheiro, e o dinheiro acumulado, serve para pagarem-se os médicos e os remédios, que podem atenuar os sofrimentos advindos destes modelos stressantes de vida

- Uma nova economia prioriza o contato antes do trabalho, com a saúde física, mental, emocional e espiritual, com isso teremos menos custos de manutenção de nossa saúde, maior prevenção a doenças, e com isso mais economia sendo gerada, e uma nova vida de maior qualidade e prazer

- Temos que lutar para que os trabalhadores comecem a atuar profissionalmente, durante 4 a 6 horas diariamente, e as demais, que eles se dediquem a melhorar a qualidade de vida de suas famílias, casas, terrenos, agricultura, ambiente, educação dos filhos, a sua cidade e país

- 8 horas diárias de trabalho, mais 3 horas de trânsito engarrafado, vão deixar loucos e doentes 85% dos trabalhadores, sejam ricos ou pobres, e isso precisa ser reavaliado urgentemente, chamamos este repensar de novos ritmos vitais da paz, veja em:http://permaculturabr.ning.com/group/medicinanatural/forum/topics/o-que-sao-novos-ritmos-vitais

IV - Uma Economia da Saúde do Bem Estar para Todos

- Uma coisa boa dos liberalistas, é que podemos pegar a onda da globalização deles e globalizar aos poucos, as melhores culturas e dicas de todo o planeta humano e não humano em nosso dia-a-dia, para isso é necessário um espírito ou mentalidade mais aberta, perspicaz, e que aprecie se descongelar, se renovar e ter coragem para avançar com alegria e determinação, em um novo paradigma holistico

- Conhecimento, é uma massa de idéias flutuantes, e os saberes, já é o resultado de sua prática, quanto mais saberes diversos vividos, mais poderemos avançar em soluções, em qualidade de vida e em nossa nova economia sustentável

- Uma nova economia da beleza, da vida, da saúde, que faça as pessoas despertar, que torne a vida melhor, mais feliz, de menor custo, que fale a linguagem do ser e não do ego, que conquiste a confiança do ser interior, da sabedoria interior, é o que chamamos de uma nova economia espiritual, que agrega valores espirituais, mais terapêuticos e artísticos

- Uma nova economia desta forma poder ser considerada em menor escala "uma "economia branda e mais artesanal", e em maior proporção, uma economia mais orgânica e vital, e os anos de estudo e aprendizado, precisam participar na valorização e uso correto de seus produtos


Conclusão: 

“Uma economia holística é a nossa utopia, desafio e revelação para a nossa sustentabilidade real”

Afinal, podemos chamar por exemplo uma horta de simplesmente uma área de produção de alimentos, energia e de dinheiro

Ou podemos fazer de uma forma tão bela e saudável, que ela seja considerada uma nova bio-arquitetura da vida, um pequeno oásis e templo vivo terapêutico, e até um altar para a devoção espiritual

E podemos desta forma, perceber que antes agíamos como mercantilistas da vida e da terra, cujo alvo era produzir e vender, basicamente monocultivos

Agora, como os artistas, onde alguns pintam quadros em telas, outros, quadros vivos, na terra, ambos possuem o mesmo valor, e conseguem desta forma unir tudo, a renda financeira, a renda vital e espiritual, e quem ganha não é somente o ser humano, mas todo o oásis planeta Terra, nosso único lar e bela biológica spaço-nave de luz orgônica azulada

E bem nas asas da grande águia da nova era quântica que estamos começando a conhecer e a aceitar sua força poderosa e desafiadora

Assim esta horta pode dar frutos como legumes, raízes, folhas, ervas medicinais frescas e secas, óleos para massagem, fumos, rapés, remédios fitoterápicos, perfumes, sementes, mudas, adubo orgânico, molhos, patês, pestos, sucos verdes, ajudar com temperos em paes, pizzas, tortas salgados, servir para aulas de educação ambiental, processos terapêuticos e para a meditação

Quantos de novos valores quali e quantitativos econômicos e múltiplos potenciais podemos encontrar em pequenas atividades, que a era atual de virgo, dessecou e espremeu em fatias fragmentadas, frágeis, e bastante insustentáveis, com um custo muito alto de manutenção e até distanciamento da natureza e de nossa real qualidade de vida sadia? 

Por fim, o primeiro passo é identificar o que é a sua natural vocação. Comece dando muito valor a ela. Sua vocação e talento são uma luz e voz que berra dentro de você, bate a sua porta todos os dias, até você acordar 

Através de seu amor e paixão por determinado assunto, o sucesso será encontrado na medida certa, mas o nosso conceito de sucesso não é algo momentâneo, mas corresponde a se ter vitórias o tempo todo, vitórias de nossa harmonia com o mundo, a cada segundo, cada encontro com alguém, uma vitória de nossa verdade e de nosso amor, e cada gesto e ação, uma comunhão com profunda gratidão e devoção

Sem estes novos elementos, libertando nossas verdades eternas aprisionadas, uma nova economia e sociedade não poderão realmente renascer e existir, e nossa civilização, não avançará, para os bons ventos do norte insistente e corajoso da nossa utopia, que é bem provável que não seja justamente nossa, mas do próprio criador do universo

Floripa, Ilha da Magia, SC, 21 de Julho de 2010

Mauro Schorr (Orua)*: Engenheiro Agrônomo UFPR), Educador Ambiental (UnB), Naturopata (Bezerra de Menezes), Terapeuta Transpessoal (Unipaz), com formação em Agroecologia (GEAE/SEAG-UFPR), Agricultura Biodinâmica (IBD/ELO-Demeter) e Permacultura (IPEP)

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2 comentários:

Anônimo disse...

Excelentes textos, ideias e rumos!! Que tomem corpo e realidade e consigamos reverter este caminhar para precipícios.

Tarles

Comunidade Solaris disse...

Compactuamos com suas ideias sobre a atual situação mundial e também concordamos com a necessidade de se rever o atual modelo econômico e com a adoção de novas maneiras de se produzir e de se viver com respeito pelo nosso planeta e pelas pessoas que procuram adotar esta nova mentalidade preservacionista! Por isso apoiamos o comunitarismo, um modo de vida em ecovilas e comunidades alternativas. Comunidade Solaris de Ilhéus, na Bahia.