*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutrali...: Descrevo os detalhes da minha forma de conduzir meus plantios, a geração máxima de riquezas e de energia ecológica sustetável, útil ...
Colocar discussões sobre temas profundos, fundamentais, necessários, que possibilitem a libertação das consciências, democratizando informações, revelações, com uma cultura nova, contemporânea, saudável, que seja útil a todas as pessoas
20 de maio de 2012
A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutraliza a Energia Nuclear ...
Descrevo
os detalhes da minha forma de conduzir meus plantios, a geração máxima
de riquezas e de energia ecológica sustentável, útil sobretudo para a
agricultura familiar, a agroecologia e permacultura das cidades
Muito
mais uma filosofia de vida de um ser humano que respeita o seu planeta e
não apenas um capitalista que está querendo faturar um dinheiro mais
verde com o patrimônio natural... Acredito que seja muito importante
este trabalho para se dispõe a implantar sistemas mais sustentáveis, que
precise e queira produzir seu proprio alimento, reciclar sua matéria
orgânica, e até obter uma nova renda sadia e de maior valor espiritual
Na verdade, cada um de nós precisa acordar,
que a responsabilidade por haver alimentos, sementes, mudas, adubos
vivos, não é apenas dos agricultores, mas de todos nós. A terra é a
nossa parteira, mãe e geradora de energia. Um agricultor e jardineiro,
habita dentro de cada ser, e precisa renascer. Somente desta forma uma
educação ambiental pulsará de forma natural em toda a humanidade
A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutraliza a
Energia Nuclear ...
" O que implica o aquecimento
global tão sério e urgente é que o grande sistema da Terra, Gaia, está
aprisionado num círculo vicioso de feedback positivo. O calor extra de todas as
fontes, seja dos gases do efeito estufa (retenção de radiação solar na
atmosfera), seja do desaparecimento do gelo ártico ou da floresta amazônica, é
amplificado, e seus efeitos não se resumem à somatória. É quase como se
tivéssemos acendido uma lareira para nos aquecer e deixado de notar que, à
medida que empilhávamos a lenha, o fogo saía de controle e a mobília já estava em chamas. Quando isso
acontece, há pouco tempo para controlar o fogo antes que ele consuma a casa. O
aquecimento global, como um incêndio, está se acelerando, e quase não sobra
tempo para agir. O que devemos fazer, então? Podemos continuar a gozar um
século 21 mais quente, enquanto ele durar, e fazer tentativas cosméticas, como
o Protocolo de Kyoto, para camuflar o embaraço político do aquecimento global,
e temo que isso seja o que vai ocorrer em boa parte do mundo." (James
Lovellok em artigo no The Independent: Gaia precisa da energia nuclear)”
O que nos torna talvez tão
assustadores ou pouco digeríveis pela "sociedade moderna", tão ainda
avessa a valorizar a opção simples de se trabalhar na terra e com maior
harmonia com a natureza, e que insiste em identificar em nossos esforços um
certo apelo ao primitivismo,
é que talvez nossa panacéia ou pajelança
de cura para sua fatal enfermidade ou crise de irresponsabilidade global,
seja a prática da agricultura sustentável ou agroecologia realmente, tanto no meio rural e na agricultura familiar, quanto, fantasticamente na
santa e ex-paradisiaca urbanidade
“Antigamente, a selva era o mato. Hoje, a selva, é de pedra e
asfalto: a cidade”!
Nos últimos artigos na net que
recebemos, alguns enfocam que temos tanta terra preguiçosamente abandonada, entregue aos entulhos,
restos de lixões e construções, enquanto muitos países não possuem espaços adequados
para seus cultivos, como o Japão, Coréia, Inglaterra, Itália, Grécia, Portugal,
entre outros, e eles tem muito maior respeito
e produtividade, renda e
qualidade de vida do que nós, como isso pode acontecer em um país tão belo e
continental?
Outros artigos defendem os
plantios monoculturais de eucalipto, atestando sua necessidade e
eficiência energética, econômica e financeira, mas esquecem que os solos
ressecam, a energia vital dos locais é absorvida, acelerando os processos de
morte e de degeneração da atmosfera e da qualidade-de-vida, contudo a
manutenção e cultivo de árvores e consórcios nativos ainda é mínima,
insipiente, pouco valorizada e pesquisada, poderiam efetivar modelos novos de
sistemas agroflorestais e permaculturais
multiespaciais, adentrar com estes científicos modelos em áreas de fome,
beira de rios, proteções de nascentes, mas tudo isso ainda se faz muito pouco
no vasto e monumental Brasil
“Realizei isso no cinturão da
fome da miséria de Belo Horizonte, replantando frutas, bambu, árvores nativas,
na beira dos rios das comunidades carentes. Se não tivessem frutas comestíveis
plantadas, o povo acabaria com as outras mudas, para queimar nos seus fogões de
lenha, por que não possuem renda para a compra de gás...”
Depois temos a questão energética.
Quanta demanda de energia é necessária para os próximos 10 anos, e aqui no
desigual terceiro mundo isso é quase nada perto da poderosa gula do monstro
devorador que é os EUA. O que este país que consome 30 % da energia mundial
está planejando para manter-se dono do poder mundial, e sobretudo, para
sobreviver, se não apelar para a construção de mais usinas nucleares e com isso
também fomentar a perpetuação de seu imenso arsenal bélico atômico, ou invadir
outras nações alem do Iraque?
Obvio que os EUA é uma país com
vários avanços tecnológicos, e a indústria do etanol de milho está sendo
largamente impulsionada, o problema que é uma opção intensamente transgênica
Foi este o erro exagerado ou a
miopia imprevisível do Sir Lovellok, que por ser inglês é bem possível
que não tenha visto a conseqüência de seu ato insano, de alimentar a
possibilidade ou a defesa do uso da energia nuclear em todo o delicado mundo
Ele esqueceu que o poder que
confere este setor na humanidade alimenta a arrogância de muito poucos e de uma
mentalidade egocêntrica e arrogante, onde as bombas recebem nomes pejorativos e
eróticos ou de menininhos, como "little ou big babys"
No mínimo é curioso refletir
sobre o destino de tantas armas atômicas, ou da presença da energia nuclear e
seus densos alicerces políticos. Bom, podem destruir a Terra 60 vzs ! Mas este
artigo não é para irmos tão longe a respeito deste tema, onde existem pessoas
mais próximas que estudam sua dimensionalidade. Imagine a chantagem que
presidentes mais liberais recebem dos militares que comandam a indústria bélica
nuclear...
Nosso objetivo é outro: descrever
o que podemos trazer como alternativas reais, simples, sensatas, para não
precisarmos apelar para sistemas tão complexos, de alto risco de destruição e
manipulação. E será um esboço detalhado em alguns campos de apreciação deste
vasto e precioso conhecimento
Permacultura é como uma Luz que Desperta e Renasce a Vida
Estude os passos iniciais para você enfrentar uma situação onde
há um terreno baldio ou até mesmo seu quintal a espera de seu gesto nobre e
desperto de salvação:
Limpe o terreno, mas não queime ou enterre
nada, pois:
·
Separe os entulhos, e a madeira para lenha ou construção
- Plásticos para reciclar ou fazer enterrio para construção, ou enviar para lixões
- Pedras e tijolos velhos, para socar estacas, fazer muros, ou mesmo pisos ou paredes para construção. Ou seja, nada se joga fora, tudo pode ser útil na permacultura local
Muita gente não gosta de capinar, mas de jogar palha por cima da
terra, cobrir com um solo melhor, adubar e plantar, este sistema é interessante
mas há a dificuldade de se encontrar os materiais em maior quantidade. E muitas
ervas não morrem sendo enterradas como a Tiririca e algumas braquiárias. Em
solos bem orgânicos e com pouco mato, é interessante esta tecnologia
As plantas na verdade curtem crescer no meio da fofa matéria
orgânica, mas para áreas maiores é sempre bom capinar-se, ou arar-se
superficialmente, e colocar-se as palhas
ao redor das árvores em alturas maiores do que 20 cms, deixando os troncos
livres, e tudo obedecendo as curvas de nível para combater-se a erosão
Formar
solos cobertos com palha é algo que faz multiplicar a produção de minhocas, é
uma descoberta famosa, criada no estado do Paraná, na década de 70, na região
de Campo Mourão, chamada de “plantio
direto na palha”: aveia e azevem, e trigo no inverno, e a sobre-semeadura
de soja ou de milho, ou feijões, ou gergelim com amendoim, no verão, deixando o
solo sempre coberto
Compostos
vegetais precisam se tornar uma técnica comum de produção de um excelente
bioativador dos solos, ao invés de queimar-se a matéria orgânica. Árvores
adoram pilhas de composto ao redor de suas raízes
Depois
de capinado, poderemos afofar a terra, espalhar calcáreo (Cálcio e Magnésio)
e/ou cinza (Potássio, Enxofre e micronutrientes), e se possível pó de rocha
(Vários microelementos), e começar a traçar as linhas para os plantios
Composto
no meu sitio faço com palha, restos do mato, galhos de guandu, folhas de mucuna
e de mamona, e vou alternando as camadas
com esterco de aves, e inoculo tudo com biofertilizante. Possuem normalmente 2
a 3 ms de altura, por 2 a 3 ms de largura. Mas no final do processo, quando
prontos, perdem 60 % do volume inicial. São depois do inicio da fermentação,
enriquecidos com minhocas vermelhas
californianas,e recebem o preparado biodinâmico Fladen, que é uma mistura
inteligente de todos os preparados
Biofertilizante
é feito dentro de um tonel de 200 lts de plástico tampado, e tem 20 % de
esterco bovino, com de aves, 100 lts de água, 2 lts de leite, 2 kgs de melado
de cana, um pouco de bagaço de cana, restos vegetais verdes escuros, algas e 5 lts de água do mar, alguns resíduos de
peixe, cascas de ovos moídos, pó de rocha, e por aí vai. Uma poderosa vitamina agrícola
que precisa fermentar, ser mexida vigorosamente toda a semana, e em 30 a 60
dias deve ficar cheirosa, não ácida, equilibrada e na forma liquida, porêm
espessa. Seu uso é direto no composto, ou diluído em 10 partes de água pura,
sendo filtrada em pano, para ser pulverizada nos finais de tarde sobre as
plantas em crescimento. O pessoal mistura 1 lt de leite e côa junto, dizendo
que eleva o nível de Cálcio das plantas
O
composto fermenta e com seu calor, digere sementes de ervas daninhas e os
patógenos como fungos, bactérias, protozoários e amebas, e economiza 50 % do
uso do esterco, que atualmente é um adubo caro. Porêm a fixação e
disponibilidade de nitrogênio é limitada. Não se pode depender em solos pobres
apenas do composto, que possuem no total de seu volume, apenas 1 % do seu peso
em nitrogênio
Plantas
sem nitrogênio em maior volume disponível, crescem pouco e comercialmente,
trazem pouca produção. Para isso se pode aplicar os biofertilizantes líquidos
que são mais nitrogenados. Mas o excesso de Nitrogênio causa câncer, anorexia e
nitrosaminas cancerígenas nos humanos, e maiores pragas sugadoras, nas plantas,
estudem a Teoria da Trofobiose, uma pesquisa científica muito profunda,
realizada na França, e muito perseguida
Um
Modelo Intensivo de Alta Produção e Biodiversidade
Alem de
viajar-se por várias regiões do Brasil, e termos participado de congressos
nacionais de agroecologia e de permacultura, onde se destacaram o IV Encontro
Brasileiro de Agricultura Alternativa em Petrópolis – RJ, no ano de 1984, e a aprovação de uma
consultoria para o Centro Nacional das Populações Tradicionais – CNPT, do
IBAMA, em Brasília, para o PPG7/ONU, na região de fronteira do Brasil com o
Peru, na reserva extrativista Chico Mendes, no ano de 1998, desenvolvemos uma
síntese de nossas buscas e pesquisas em nosso sitio, aplicando várias
eco-tecnologias, na sede de nossa organização, o Instituto Anima de Cultura e
Desenvolvimento Sustentável , de forma intensa e objetiva
O Sitio
Cristal Dourado foi encontrado abandonado, coberto de mata de cipó espinhoso e
com uma população muito elevada de Pinus
eliotti. Em 2 meses limpamos o local, retiramos o pinus, e iniciamos um
processo de zoneamento e de setorização
do sitio, potencializando cada local com novos cultivos e combinações de
plantas, em diferentes níveis e estratos agroflorestais. Em 120 dias, plantamos
completamente a área, tornando-a muito produtiva:
- Iniciamos
com hortas, em sistemas de policultivos: com plantio de ervas medicinais
(Menta, mirra, hortelã, malva, cana-de-macaco, arruda, guiné, centella asiática, babosa, saião,
orégano, alecrim, tomilho, mercúrio cromo, mil folhas, artemísia, ginseng,
cânfora, quebra-pedras, arnica, abre caminho, gervão, ambrosia, entre outras)
no extremo dos canteiros, e do lado oposto, espécies mais perenes como couve,
berinjela, pimentão, pimenta, tomate, abobrinha, etc. Sementes de hortaliças, como
cenoura, rabanete, nabo, rúcula, alface, chicória, agrião, acelga, coentro,
salsa, cebolinha, alho porró, foram semeadas em linhas, e no meio das ervas
medicinais de maior porte, sendo colocadas à lanço
Posteriormente,
devido à forte presença do aquecimento e insolação, tivemos que optar por
construir uma estrutura de madeira de eucalipto comprada e utilizamos ainda as
próprias toras do sitio, sendo coberta por tela de sombrite 50 %
Entre os
postes colocamos fios de arame galvanizado, e introduzimos o plantio de guaco,
a ora-pro-nobis, o maracujá, o feijão-vagem guarani, a vagem, o cará voador, a
ervilha, fava, bucha e a cabaça
Temos hoje
quatro hortas totalmente cobertas, totalizando aproximadamente 900 m2 de área coberta, e
sendo irrigadas com mangueiras de microaspersão Santeno tipo II, que são
dispostas sobre ripas finas de madeira, penduradas por arames nas estufas de
sombrite. O ambiente interno fica protegido, mais úmido e bem vital. Até no
verão em nossos solos pobres arenosos, onde o sol é intenso e atinge mais de 14
UV, pois estamos a 1.5 km
do mar, temos uma boa produção de alimentos e até de verdes como alface. Isto
não ocorre em quase lugar nenhum da “ilha da magia” ou Florianópolis ou Floripa
como é chamada nossa capital de SC
- A adubação dos
solos: foi realizada durante várias vezes ao ano, com porções pequenas e
constantes de calcáreo, pó de rocha, esterco de aves, de boi e nossa
compostagem, esta em uma escala maior. Houve o uso de palha de pinus e de
serragem fina em alguns locais. Adubação em excesso atrai pragas, e sempre é
interessante em doses menores quando as plantas ficam mais enfraquecidas. O uso
de biofertilizante foi sempre aspergido em dias de sol muito forte e seco, nos
finais de tarde, algumas vezes por ano, e este biofertilizante possui algas,
água do mar, pó-de-rocha, bórax, zinco, enxofre, leite, bagaço-de-cana, restos
vegetais verdes escuros e animais, como esterco de aves e de cachorro, gado e
um pouco de sulfomagro e de biogel comprado externamente. Ele aumenta a absorção
de nitrogênio em plantas que estão carentes deste elemento e ativa
profundamente a biologia.
Amigos (as),
conheçam nossa permacultura medicinal, organizada na forma de produtos como
ervas e compostos medicinais que atuam de forma mais profunda e eficaz,
alimentos nutritivos integrais, cds musicais e velas artesanais feitas de
cera de abelha. Maiores detalhes estão na ecoloja em nosso portal da vida: www.institutoanima.org,
e em nosso stand nas ecofeiras em Floripa – SC: Quartas cedinho na UFSC em
frente a reitoria, e sábados e domingos, na Lagoa da Conceição
Somente com a
venda de nossos chás e remédios artesanais em nossas ecofeiras e em nossa sede
conseguimos manter e investir na manutenção de nossa sede e Sitio Cristal
Dourado, sem contar com nossa ampla produção de alimentos agroecológicos
fresquinhos e profundos atendimentos terapêuticos. E o mais importante, é que
observem todo o potencial que uma área de apenas 1/2 hectare pode fornecer de
preciosa abundância, riqueza terapêutica e exemplo de ambiente e de economia de
cura
Quando temos
como foco produzirmos produtos essenciais, com a qualidade e certificação
orgânica, oficial ou popular, que tenham funções medicinais, sejam úteis a
saúde das pessoas, podemos chamar esta nova ou sagrada economia de qualitativa, ou terapêutica, um uma economia
que possui valores espirituais. O seu impacto é uma grande possibilidade de
venda, sucesso e aceitação da maioria dos clientes. “Uma economia de sabedoria,
pode trazer recordes de venda, e uma riqueza infinita”
Sistemas de Agroflorestais do Sitio Cristal Dourado:
- Modelo de
Agrofloresta I: Policultivos com Maracujá: Temos uma grande produção de
maracujá, em sistema de espaldeira ou de arames interligados, consorciado com
guandu, mandioca, amendoim, milho crioulo e indígena (Mais de 20 variedades),
quiabo, girassol, abóboras, melancias, melões, batata-doce, e feijões vagens
guaranis (2 espécies antigas em extinção), crotalária (3 espécies) que servem
como alimento secos, verdes e para adubação verde. Os feijões guaranis secos
parecem como o feijão azuki, mas são bem mais rústicos e se espalham muito
mais. Podem ser aproveitados como vagem ainda verdes e nitrificam os solos.
Secos fornecem brotos muito poderosos. O fato é que o Guandu (Cajanus cajan) é uma arboreto fabuloso,
e sua flores alimentam as mamangavas, que são especialistas em polinizar os
maracujazeiros
O guandu é
cultivado ao lado do maracujá, e é podado três vezes ao ano, as sementes secas
podem ser cozinhadas com arroz, e são muito fortes, altamente energéticas e
depurativas, a mandioca é plantada em linhas com os demais cultivos, distante 1 m, somente que bem espalhada,
e a batata-doce é implantada no outro extremo, distante 5 a 10 ms. Mandioca é colhida a
cada 12 meses, algumas deixamos 36 meses, e ficam com 1.5 ms cada raiz ! Cada
batata-doce neste sistema, se adubada corretamente com composto chega atingir 1.0 kg cada uma!
Ocorre uma
maior proteção do solo, com o crescimento da abóbora, melancia, amendoim,
batata-doce e feijão guarani. As copas da mandioca também são podadas. Nas
porções finais do terreno é introduzida a banana, pinha, ora-pro-nobis, physalis sp, e nos arames que ficam
vazios, plantam-se buchas, cabaças, chuchu nos locais mais úmidos, e guaco
Tomem cuidado
com este sistema complexo, por que a vida explode em abundância, e o peso sobre
os postes de madeira é tremendo em temporais, normalmente tombam toda a
produção, por isso que postes de concreto são os mais indicados
Espécies
agroflorestais menores podem ser colocadas no centro do sistema, como o mamão,
figo, limão, araçá, guabiroba, cabeludinha, côco-anão, açaí, laranjinha,
pitanga, acerola e bicuda, arvores frutífera nativa da Ilha de Florianópolis,
que possui frutinhas redondas, amareladas, e muito ricas em cálcio e magnésio
Depois da
colheita que começa com o quiabo, o milho, o girassol, o feijão, o maracujá, depois
ainda temos a crotalária, a batata-doce, a mandioca, inserimos ainda a mucuna
preta e cinza (mucuna sp), para
forrar o sistema de massa verde e de nitrogênio, sendo podada antes do inverno
e deixada como mulching. Em Florianópolis, pode-se plantar milho até no
inverno, mas ele é geralmente atacado por gralhas azuis e papagaios da região.
Para isso colocamos bastante girassol para que estes animais tenham uma nova
fonte de energia e nutrição, colaborando com a estética e a natureza, e
descompactando os solos. Mas girassol é sinônimo de pura beleza e comida farta
para todo mundo, usado como picles salgados, brotos e leite: uma ativador
exponencial da inteligência
Ou seja, se
ganha na produção, no enriquecimento do solo, mas em especial, se pode vender e
doar grande parte das sementes... Pela net e em sites especiais
- Modelo de
Agrofloresta II: Algodão + Laranjeira + Cabeludinha + Araçá + Mandioca +
Lab-Lab + Abóboras + Morangas + Melancias: O algodão produz mais quando recebe
aporte de nutrientes da poda das copas das mandiocas e da parte do cipozal do
lab-lab, e as micorrizas das abóboras ativam o solo. A terra fica toda coberta
de lab-lab, intensamente verde e cheia de mulching. Colhe-se muito algodão,
morangas, aboboras e melancias facilmente. Frutas amadurecem cada uma na sua
época. Comida não falta. Algodão serve para tecelagem e para artesanato com
sementes, cachimbos e cabaças
- Modelo de
Agrofloresta III: Mamão + Figo + Laranja + Limão + Banana + Leucena + Milho
Roxo ou Vermelho + Feijão de Porco + Guandu + Batata-doce + Mandioca: Nos
cantos laterais face sul, temos a banana consorciada com guandu, mamona e
crotalária, todas estas sendo usadas para poda e adubação verde, e podem ser
colhidas suas sementes para nutrição e venda. A batata-doce não vai bem com a
banana, não são compatíveis. O plantio de tagetes ainda é aceito pelo bananal
se houver luz. O Milho, com feijão-de-porco, quiabo, é plantado em linhas de 1
x 1 ms, e as árvores são cultivadas em sistema de triângulo a cada 8-10 ms. O
mamão é uma planta rara na agroecologia, por que sofre muito ataque da doença
antracnose, e no sistema agroflorestal e com o uso de pó-de-rocha, calcáreo e
cinza podem ter uma incidência menor. Seu valor final atinge até R$ - 3.50/kg,
sendo uma importante fonte de renda para feiras e mercados e venda local. A
mandioca pode ser plantada bem espalhada, senão se torna dominante e inoportuna
para manejo e plantio posterior em outras safras futuras. No inverno é
interessante o plantio de ervilhaca neste setor com o tremoço ou aveia preta
- Modelo de
Agrofloresta IV: Gergelim + Feijão Cariocão + Feijão Azuki + Aboboras +
Morangas + Melancias + Feijão de Porco: Gergelim gosta de ser cultivado até
janeiro, em linhas de 1 x 1 ms, e aprecia a compania do feijão, que sempre
preservamos em mais de 10 variedades em nosso sitio. Colhe-se a cada kilo de
gergelim ou sésamo plantado, 10 kgs de retorno, e é apreciado pelas mamangavas,
que são insetos importantes e polinizadores para o maracujá. Neste sistema a
novidade interessante é que após a capina amontoamos o material cortado no
centro da lavoura, em uma pilha de 2 ms de altura, e deixamos ali tudo decompor
durante 60 dias. Após isto, retiramos o inço que nasce na sua porção superior,
capinamos e limpamos os cultivos, deixando ainda a beldroega, picão preto,
caruru, serragem, tansagem, que são plantas espontâneas que inclusive vendemos
para os vegans e naturistas nas ecofeiras, e esta matéria orgânica ou húmus
acumulada, volta ao solo e aos cultivos, novamente, fechando um ciclo perfeito.
O material verde é juntado e empilhado novamente. Então, aqui nada é queimado,
o que é prática comum no Brasil, mas vira matéria orgânica, adubo, economia,
saúde, dinheiro e qualidade de vida. Nestas áreas ainda temos araçás, pitangas,
limão, banana, arnica, ginseng, em maiores escalas. A venda destes produtos é
garantida nas ecofeiras e restaurantes, e há uma demanda imensa que não está
sendo suprida
Gergelim adora
o consórcio com o amendoim, outra técnica inteligente é se plantar primeiro a
mandioca, intercalada com o ginseng (Phaphia
paniculada), e nas mesmas linhas se coloca as sementes de gergelim em
linhas de 1 x 1 m, com uma dosagem maior de adubação e correção. Nestas linhas
podem ser adicionadas o feijão de porco junto o ano todo e a ervilhaca no
inverno. A cultura do gergelim é linda, produtiva, é usada na fabricação de
gersal e de tahine. Para isso tem que se bater o gergelim colhido antes de
inteiramente seco no espigamento, e
ainda abanado e limpo com o uso de um secador de cabelo. È bom deixá-lo sob o
sol durante vários dias
- Modelo de
Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu + Crotalária:
O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e a distância
entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos cultivos de
mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a crotalária. O
feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos verdes. Uma
espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo, pimenta,
tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado, sendo
podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por que
invade os arames do maracujá. Ainda pode entrar neste sistema o pepino e
diferentes aboboras e morangas
Neste local
temos uma bela e oportuna infestação de beldroegas – Portulaca speciosa L., uma planta que concentra grande quantidade
de ômega 3 e 6
- Modelo de
Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras
+ Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola
+ Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com
feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de
forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área.
No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é
cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local.
Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto
com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça
- Modelo de
Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu +
Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e
a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos
cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a
crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos
verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo,
pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado,
sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por
que invade os arames do maracujá
- Modelo de
Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras
+ Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola
+ Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com
feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de
forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área.
No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é
cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local.
Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto
com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça
“Só passa fome
quem quer ou está dormindo, o planeta Terra é uma potência produtiva, mas as
pessoas possuem suas mentes fechadas ou aprisionadas em modelos pouco
abundantes e plenos. O planeta Terra continua sendo um belo jardim do èden”
- Temos na
parte fronteiriça do sitio o plantio de paineira, jacarandá, ipê amarelo, ipê
roxo, pau brasil, guarapuvu, canela-preta, abacate, araucária, leucena, e muita
banana, maracujá, ora-pro-nobis, girassol nativo, conhecido como Tupinambur, uma
nova espécie rica em nutrientes essenciais, que está sendo pesquisada para ser
introduzida para o fabrico de farinhas especiais
Resultados:
Em uma área de
quase 5.000 ms, avaliada em seu valor de mercado em 1 milhão de reais, podemos
alimentar em condições de solos pobres, cerca de 50 pessoas mensalmente, e se
as condições de fertilidade e de irrigação forem melhores, este número alcança
mais de 200 pessoas/mês
A ampla
diversidade de produtos, sementes, mudas, reciclagem de nutrientes,
alternativas de renda e o impulso a criatividade, podem ser decisivos para quem
busca novas soluções relacionadas ao uso mais sustentável, dinâmico e que traga
mais retornos a sua terra. Esta é a missão de nosso instituto, propor estas
soluções aos movimentos sociais rurais e urbanos, favelas e classes mais desfavorecidas
Nossa idéia
inicial que foi sendo clareada aos poucos era de que a renda de nosso sitio não
seria suficiente apenas com a venda de verduras e de algumas frutas. Mas a
combinação de chás simples e compostos, fabricação de remédios fitoterápicos,
paes e cucas medicinais, pizzas, pesto, bolos, biscoitos, granola, sucos
verdes, ervas frescas, banana-passa, licores de maracujá, geléias de banana,
artesanato, venda de sementes crioulas, frutas, legumes e verduras, poderiam
ocasionar uma maior satisfação aos clientes e a geração de renda diversas e
constante, inclusive através de nossos sites e redes sociais
Obvio que tudo
isso exige muito trabalho, diário, mas com a harmonia, como uma meditação
ativa, nós do Instituto Anima, levamos as nossas atividades, buscando não
cansar, forçar a barra e estressar demais, ao mesmo tempo, não damos mole e
deixamos as coisas muito para depois, mas justamente, sempre planejamos
realizar “o futuro desde já ou até para
ontem”. Pois o nosso amanhã desta forma se torna mais abundante, leve e
prazeroso
As pessoas em
geral não costumam realizar as tarefas simples com atenção e dedicação. Estão
geralmente presos a desejos grandes materiais, pois para nós estas coisas
maiores acontecem por que são atraídas pelo nosso trabalho e esforço realizado
no passo a passo, e que busca a perfeição e grande eficiência. Apreciamos muito
o velho ditado: “o negócio é ser
pequeno”. E juntem muitas coisas pequenas bem feitas, para ver a força e a
beleza que ficam: um exemplo de uma totalidade e felicidade, uma coerência
maior muito grande que é demonstrada
O trabalho
correto com a terra, dentro de uma visão holística, mais espiritualizada,
aberta, faz a mente descansar, relaxar, e o organismo absorver muita energia, e
assim ter mais saúde. Este é outro resultado qualitativo, que é esquecido
normalmente: a agricultura pode servir como um processo terapêutico, básico
para a formação de uma medicina integral preventiva e uma vida e sociedade mais
saudável
“Imagine que a
terra é feita 90 % de silício, e ele forma os cristais, e quando estamos em
conecção com o trabalho com a agricultura, podemos absorver esta força
cristalina, e nosso corpo, saúde e mente, se torna plena e clara, e purificada,
feito um cristal “
Mas há fatores
importantes que impactuam com propostas desta natureza, como a falta de
recursos, o que é paradoxal, afinal só se fala em meio ambiente e
sustentabilidade em todo o planeta, mas quando se busca as verbas dos projetos,
elas normalmente ficam no papel e não são acessadas facilmente. Mas as causas
deste absurdo é o desvio dos recursos por questões políticas, onde empresas de
fachada são normalmente as que são beneficiadas, e que tecnicamente e
historicamente não estão engajadas. Por isso que se recomenda que as
iniciativas sejam muito focadas na produção e venda direta de produtos, e não
dependam tanto de verbas oficiais
Para descrever
os resultados de nosso projeto, nós montamos uma tabela explicativa, com
receitas e custos. Ela é aproximada a nossa realidade.
Podemos
observar que este projeto é viável, possui uma receita bem maior que seus
custos, ainda que não esteja computando os investimentos de mão de obra, por
que são próprias, e não terceirizadas. O mais interessante é a riqueza da
diversidade de produtos, sua qualidade artesanal, a forma como são produzidas e
a satisfação da clientela e seu respeito, que sempre cresce cada vez mais
O fato é que
estes sistemas podem ser adotados em outras realidades, onde alguns exemplos
populares já existem em localidades pobres da Amazônia e do Nordeste
brasileiro, sobretudo os produtores de açaí, de borracha natural e de leite de
cabra. Estas informações foram mostradas
pelo Globo Rural na televisão, em alguns domingos pela manhã
Um dos
aspectos também sensíveis é relacionado à autogestão e auto-suficiência
alimentar e genética deste projeto, onde a qualidade da nutrição, dos produtos,
sempre fresquinhos, plantados e colhidos por quem plantou, chega à mesa e podem
ser degustados satisfatoriamente. Bem diferente de quem compra em um mercado e
em um sacolão, aqueles alimentos pobres de nutrientes, muito envenenados,
carentes de vitaminas e sais minerais. Este fator nutricional é muito
importante, e resulta em uma receita qualitativa que não podemos mensurar
Relacionado às
sementes, em um momento de séria crise ambiental, as sementes são bens
valiosos, que precisam receber mais atenção e cuidados especiais. Seu plantio,
seleção, armazenamento, é outra face da riqueza cultural e espiritual de um bom
agricultor, que está zelando na verdade pelo futuro de nossa espécie em nosso
planeta. Mas isto exige muita sabedoria, de quem realmente dá muito valor e prevê
ou planeja um bom futuro, uma sustentabilidade, real
O lado da
estética da paisagem, sua força vital, a presença de animais silvestres, a
reciclagem dos resíduos, nos locais certos, a felicidade encontrada nos animais
domésticos, como cães, gatos, galinhas, pássaros, a nutrição e zelo com os
minhocários, o aroma e perfume das ervas, flores, presença de insetos, a pureza
da água de poço, fazem de nosso projeto uma plena satisfação que traz paz, tranquilidade,
amor ao próximo, muito serviço devocional e alegria a quem chega, um grande
acolhimento à todos que nos visitam
Por isso que
dizemos que o ápice da humanidade é perceber que ela pode encontrar um
equilíbrio novamente com a natureza, e ativar ainda mais os seus ritmos
naturais e vitais, alcançando o zênite na agrofloresta e na permacultura. Na
verdade, concluímos que podemos fazer deste planeta novamente um incrível e
poderoso jardim do éden, como ele foi, e possivelmente voltará a ser, com ou
sem a nossa presença
“A maior
sabedoria do ser humano, será se dedicar por vidas a impulsionar e estruturar
uma nova etapa da nossa eco-agricultura: a
permacultura-biodinâmica”
*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: Soja - A história não é bem assim : detalhes trági...
*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: Soja - A história não é bem assim : detalhes trági...: SOJA – A História Não É Bem Assim... Hummm, novamente, fica óbvio, que a raça humana para ser realmente humana, vai ter que repensar m...
Soja - A história não é bem assim : detalhes trágicos nutricionais
SOJA – A História Não É Bem Assim...
Hummm, novamente, fica óbvio, que a raça humana para ser realmente
humana, vai ter que repensar muito, o que ela focaliza como trabalho
nobre e sábio. Se matar de trabalhar, para plantar algo que talvez seja
uma alimento e uma nutrição ainda involutiva, é algo no minimo trágico.
Somente uma educação espiritual, terapêutica, transcendente, nobre, que
desperte uma consciência nova, exigente, ética, uma reconecção com a
verdadeira humildade e o ser interno, uma forma de se atuar meditando,
economizando energia, até mental, ecológica, e produzindo uma riqueza
realmente necessária, não ANIMALESCA, é o que poderemos perceber que é o
verdadeiro caminho de sustentabilidade para um futuro seguro. Hoje em
dia, as pessoas mais evoluídas cada vez se alimentam menos, bebem mais
sucos verdes e vivos, e dependem muito menos de grãos e alimentos
industriais. Pensem nisso, e mudem para valer. Orua,
www.institutoanima.org
http://www.novosrumosnews.com.br/dir/spatourlifems145.html
http://www.novosrumosnews.com.br/dir/spatourlifems145.html
Hoje em dia
existe uma verdadeira febre de consumo de soja. Propagada como um
alimento rico em proteínas, baixo em calorias, carboidratos e
gorduras, sem colesterol, rico em vitaminas, de fácil digestão, um
ingrediente saboroso e versátil na culinária, a soja, na verdade é mais
um “conto do vigário” do qual a maioria é vítima.
É bem verdade que a soja vem da Ásia, mais especificamente da China. Porém, os chineses só consumiam produtos FERMENTADOS de soja, como o shoyu e o missô.
É bem verdade que a soja vem da Ásia, mais especificamente da China. Porém, os chineses só consumiam produtos FERMENTADOS de soja, como o shoyu e o missô.
Por volta do século 2 A.C., os chineses descobriram um modo de cozinhar os grãos de soja, transfomá-los em um purê e precipitá-lo através de sais de magnésio e cálcio, formando o assim chamado “queijo de soja” ou tofu. O uso destes alimentos derivados de soja se espalhou pelo oriente, especialmente no Japão. O uso de “queijo de soja” como fonte de proteína data do século 8 da era cristã (Katz, Solomon H: “Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems”, Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).
Não é à toa que os antigos chineses não se alimentavam do grão de soja. Hoje a ciência sabe que ela contém uma série de substâncias que podem ser prejudiciais à saúde, e que recebem o nome de antinutrientes.
Um destes antinutrientes é um inibidor da enzima tripsina, produzida pelo pâncreas e necessária à boa digestão de proteínas. Os inibidores da tripsina não são neutralizados pelo cozimento. Com a redução da digestão das proteínas, o caminho fica aberto para uma série de deficiências na captação de aminoácidos pelo organismo. Animais de laboratório desenvolvem aumento no tamanho do pâncreas e até câncer nessa glândula, quando em dietas ricas submetidos a inibidores da enzima tripsina.
Uma pessoa que não absorve corretamente os aminoácidos, tem o seu crescimento e desenvolvimento prejudicado. Você já notou que os japoneses são, normalmente, mais baixinhos? Já os descendentes que vivem em outros países e adotam as dietas desses países, costumam ter uma estatura maior que a média no Japão. (Wills MR et al: Phytic Acid and Nutritional Rickets in Immigrants. The Lancet, 8 de abril de 1972, páginas 771-773).
Fontes atualizadas sobre os malefícios da soja:
- Weston A. Price Foundation, Soy Alert
- Why Soy Can Damage Your Health
- Soy Controversy and the Effects of Soy Consumption
- Silk Soy Milk is Misleading American Consumers
- The Evidence Against Soy
- Soy Weakens Your Immune System
O efeito inibitório da absorção de aminoácidos pode comprometer a fabricação de inúmeras substâncias formadas a partir dos mesmos, entre os quais, os neurotransmissores. A enxaqueca, a cefaléia em salvas, a cefaléia do tipo tensional, e outras dores de cabeça, além de depressão, ansiedade, pânico e fibromialgia, são causadas por um desequilíbrio dos neurotransmissores. Qualquer fator que prejudique a sua fabricação, pode aumentar ou perpetuar esse desequilíbrio.
A soja contém também uma substância chamada hemaglutinina, que pode aumentar a viscosidade do sangue e facilitar a sua coagulação. Portadores de enxaqueca já sofrem de um aumento na tendência de coagulação do sangue e uma propensão maior a acidentes vasculares. A pior coisa para esses indivíduos é ingerir substâncias que agravam essa tendência.
Tanto a tripsina, quanto a hemaglutinina e os fitatos, que mencionaremos a seguir, são neutralizados totalmente pelo processo de fermentação natural da soja na fabricação de shoyu e missô, e parcialmente durante a fabricação de tofu.
Os fitatos, ou ácido fítico, são substâncias presentes não apenas na soja, mas em todas as sementes, e que bloqueiam a absorção de uma série de substâncias essenciais ao organismo, como o cálcio (osteoporose), ferro (anemia), magnésio (dor crônica) e zinco (inteligência).
Você não sabia de nada disso?
Mas a ciência já sabe, estuda esse fenômeno extensamente e não tem dúvidas a respeito. Já comprovou este fato em estudos realizados em países subdesenvolvividos cuja dieta é baseada largamente em grãos. (Van-Rensburg et al: Nutritional status of African populations predisposed to esophageal cancer, Nutr Cancer, volume 4, páginas. 206-216; Moser PB et al: Copper, iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese lactating women and their breast-fed infants, Am J Clin Nutr, volume 47, páginas 729-734; Harland BF, et al: Nutritional status and phytate: zinc and phytate X calcium: zinc dietary molar ratios of lacto-ovo-vegetarian Trappist monks: 10 years later. J Am Diet Assoc., volume 88, páginas 1562-1566).
Claro que a divulgação desse conhecimento não é do interesse de toda uma indústria multibilionária da soja. A soja contém mais fitato que qualquer outro grão ou cereal. (El Tiney AH: Proximate Composition and Mineral and Phytate Contents of Legumes Grown in Sudan”, Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, 1989, pp. 67-78).
Para os demais cereais e grãos (arroz integral, feijão, trigo, cevada, aveia, centeio etc), é possível reduzir bastante e neutralizar em grande parte o conteúdo de fitatos, através de cuidados simples, como deixá-los de molho por várias horas e, em seguida, submeter a um cozimento lento e prolongado. (Ologhobo AD et al: Distribution of phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some effects of processing. J Food Sci volume 49 número 1, páginas 199-201).
Já os fitatos da soja não são reduzidos por essas técnicas simples, requerendo para isso um processo bem longo (muitos meses, no mínimo) de fermentação. O tofu, que passa por um processo de precipitação, não tem os seus fitatos totalmente neutralizados.
Interessantemente, se produtos como o tofu forem consumidos com carne, ocorre uma redução dos efeitos inibidores dos fitatos. (Sandstrom B et al: Effect of protein level and protein source on zinc absorption in humans. J Nutr volume 119 número 1, páginas 48-53; Tait S et al, The availability of minerals in food, with particular reference to iron J R Soc Health, volume 103 número 2, páginas 74-77).
Mas geralmente, os maiores consumidores de tofu são vegetarianos que pretendem consumi-lo em lugar da carne!
O resultado?
Deficiências nutricionais que podem levar a doenças como dores crônicas, como dor de cabeça e fibromialgia. O zinco e o magnésio são necessários para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. O zinco, em particular, está envolvido na produção de colágeno, na fabricação de proteínas e no controle dos níveis de açúcar no sangue, além de ser um componente de várias enzimas e ser essencial para o nosso sistema de defesas. Os fitatos da soja prejudicam a abosrção do zinco mais do que qualquer outra substância.(Leviton, Richard: Tofu, Tempeh, Miso and Other Soyfoods: The “Food of the Future” – How to Enjoy Its Spectacular Health Benefits, Keats Publishing Inc, New Canaan, CT, 1982, páginas 14-15).
Por conta da tradição oriental, indústria da soja conseguiu inseri-la num patamar de “alimento saudável”, sem colesterol e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais vegetariano. Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas desinformados, ou melhor, mal informados por publicações pseudo-científicas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja, fornecendo conselhos, em programas de TV em rede nacional, no sentido de consumi-la na forma de leite de soja (até para bebês!!), carne de soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteína texturizada de soja, e a maior sensação do momento, comprimidos de isoflavonas de soja, sobre a qual comentarei mais adiante neste livro. A divulgação, na grande mídia, destes produtos de paladar no mínimo duvidoso, como sendo saudáveis, tem resultado em uma aceitação cada vez maior dos mesmos por parte da população.
Que prejuízo! (Não para a indústria, é claro).
Sabe como se faz leite de soja?
Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina. Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão. Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos antinutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteínas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão. (Wallace GM: Studies on the Processing and Properties of Soymilk. J Sci Fd Agric volume 22, páginas 526-535). Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.
A propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é à base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo, cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai para a sua mesa, e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias cancerígenas. Este n-hexano reduz, também, a concentração de um aminoácido importante, a cistina. (Berk Z: Technology of production of edible flours and protein products from soybeans. FAO Agricultural Services Bulletin 97, Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas, página 85, 1992). Felizmente, a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral – alimentos estes normalmente evitados pelos consumidores de leite de soja.
Mas como? A soja não é saudável? Não é isso que dizem os médicos e nutricionistas?
Infelizmente, a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa à toda a indústria alimentícia. A alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio. Dois terços de todos os alimentos processados industrialmente, contém algum derivado da soja em sua composição. É só conferir os rótulos. A lecitina de soja atua como emulsificante. A farinha de soja aumenta a “vida de prateleira” de uma série de produtos. O óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos. A indústria da soja é enorme e poderosa.
E como se fabrica a proteína de soja?
Em primeiro lugar, retira-se da soja moída o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes químicos e alta temperatura. Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras. Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina. Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes! (Rackis JJ et al: The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details. Qual Plant Foods Hum Nutr, volume 35, pág. 232).
Não existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja a exibirem, nos rótulos, a quantidade de inibidores da tripsina. Também não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas deste produto. Que conveniente!
O povo… coitado… só foi “treinado” para ficar de olho na quantidade de coleterol – esta sim, presente em todos os rótulos. Uma substância natural e vital para o crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do organismo como um todo.
O povo nunca ouviu falar nos antinutrientes e inibidores da tripsina dos alimentos de soja. A proteína texturizada de soja (proteína texturizada vegetal, carne de soja) possui um agravante: a adição de glutamato monossódico, no intuito de neutralizar o sabor de grão e criar um sabor de carne.
Alguns pesquisadores acreditam que o grande aumento das taxas de câncer de pâncreas e fígado, na África, se deve à introdução de produtos de soja naquela região. (Katz SH: Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems. Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50). A minha dica: Quando consumir soja, utilize apenas os derivados altamente fermentados, como o missô e o shoyu. Mesmo assim, muita atenção para os rótulos. Compre apenas se neles estiver escrito “Fermentação Natural”, e se NÃO contiverem produtos como glutamato monossódico e outros ingredientes artificiais. Quando consumir tofu, certifique-se de lavá-lo com água corrente, pois grande quantidade dos antinutrientes ficam no seu soro.
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14 de maio de 2012
*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Importância do Plantio e Comercialização de Erva...
*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Importância do Plantio e Comercialização de Erva...: Título: A Importância do Plantio e Comercialização de Ervas Medicinais produzidas em sistemas de Policultivos e na Permacul...
A Importância do Plantio e Comercialização de Ervas Medicinais produzidas em sistemas de Policultivos e na Permacultura
Título:
A Importância do Plantio e
Comercialização de Ervas Medicinais produzidas
em sistemas
de Policultivos e na Permacultura
Autores: Eng. Agrônomo. Mauro
Kassow Schorr e Bióloga Maristela Ogliari
E-mail:
institutoanima@yahoo.br
Instituição:
Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável
ÁREA 1: Biologia e Agronomia (Cultivo, armazenamento, secagem,
Biopirataria, Genética);
Termos:
Agroflorestas ou Agroforestry systems, Agrossilvicultura ou Agrosilviculture,
Permacultura ou permaculture
Sites: www.institutoanima.org e www.permaculturabr.ning.com
1.
Título:
A Importância do Plantio e da
Comercialização de Ervas Medicinais produzidas em Sistemas de Policultivos
Agrícolas e na Permacultura no sul da Ilha de Florianópolis.
2. Resumo:
Buscamos
investigar quais os mais importantes estudos relacionados ao tema “Policultivos
Agrícolas”, e sua relação com sistemas agroflorestais, agrosilvopastoris e com
a moderna ciência da permacultura, destacando-o com uma importante ferramenta
para a agricultura familiar, na geração de novas alternativas de renda e de
abundância alimentar, e sendo fundamental sua introdução no processo de
agricultura moderna denominado de agronegócio, para atenuar seu severo impacto
social e ambiental. O plantio, uso e múltiplas utilizações de mais de 60
espécies medicinais que estão sendo cultivadas serão abordados, bem como a
forma de sua comercialização em ecofeiras, lojas e em nosso site, www.institutoanima.org. Parte de
nossas conclusões e experimentações provem de nossas atividades práticas no
Sitio Cristal Dourado, sede atual de nossa organização, o Instituto Anima de
Cultura e Desenvolvimento Sustentável, no sul da ilha de Florianópolis. Palavras
chaves: Policultivos, Permacultura, Saúde Integral.
3. Tema
de investigação: Sistemas de cultivo agrícolas indígenas, quilombolas,
alternativos, agroflorestais, agroecológicos, e permaculturais, que possam
manter diversas espécies diferentes sendo cultivadas, em diferentes estratos, trazendo
maiores alternativas de nutrição e de geração de renda, maior equilíbrio no
controle de pragas e da influência do vento, erosão, stress hídrico, evapotranspiração,
reciclagem de nutrientes, entre outros fatores, relacionando estas tecnologias
e ciências modernas mais sustentáveis com uma abordagem mais holística,
sistêmica, sobretudo com a qualidade de vida, nutrição saudável e a medicina
preventiva.
4.
Introdução:
Um bom
exemplo de policultivos é da cultura indígena Marajoara, que existiu no estado
do Pará, datada com pelo menos 2.000 anos de história, na Amazônia
pré-colombiana. Avanços nas pesquisas arqueológicas e a releitura das crônicas
dos primeiros viajantes indicam que havia grandes complexos populacionais ao
longo dos rios principais. Essas sociedades tinham uma cultura material muito
elaborada, e representavam um processo de desenvolvimento cultural de mais de
3.000 anos, alicerçado numa série de adaptações ao meio ambiente amazônico.
Possuíam sistemas de produção agrícola baseados em um grande número de
variedades de plantas cultivadas, nos quais o plantio de árvores frutíferas
fazia parte, provavelmente contribuindo à diversidade e segurança alimentar. (Miller,
Robert P. Sistemas Agroflorestais Indígenas na Amazônia: uma visão histórica.
Agência de Cooperação Técnica a Programas Indigenistas e Ambientais. Brasília-
DF).
Em um
curso realizado na Fundação Anchieta em 1987, em Cuiabá, estado do Mato Grosso,
Brasil, descreveu-se que grande parte da preservação milenar dos castanhais
amazônicos provém da ação direta dos povos indígenas, e que os seus roçados,
principalmente da etnia Kaiapó, possuem mais de 140 espécies diferentes sendo
cultivadas em consórcio agroflorestal. (Posey, Darrell A. Manejo da Floresta
Secundária, capoeiras e cerrados (Kaiapó). In: Ribeiro, Berta (Coord.). Suma
Etnológica Brasileira. Petrópolis: Vozes/Finep, 1986, p. 173-185).
A
sabedoria indígena é muito grande no manejo dos seus cultivares, pois algumas
tribos colocam formigas incompatíveis ou “inimigas”, ou seja, de diferentes
espécies, no formigueiro uma das outras, e assim elas trazem um menor nível de
dano econômico, e costumam ainda, valorizar o cultivo da batata doce, por que
ela cobre rapidamente o solo e afasta as principais ervas invasoras. Ainda mantêm pequenas árvores frutíferas em
crescimento, as replantando nos roçados, e seleciona e mantêm em áreas
estratégicas, espécies que são atrativas para a caça noturna, sobretudo.
Entre
essas práticas, este manejo agroflorestal indígena, é a matriz também da
agricultura das comunidades tradicionais caboclas ou coloniais, que não só
propiciam o aumento da biodiversidade, mas também pela sua itinerância nos
espaços territoriais, prescinde do uso de fertilizantes e agrotóxicos, além de
estar pouco dirigida ao mercado, o que pressiona menos o ecossistema. (Bertho,
Ângela. Os Índios Guarani da Serra do Tabuleiro e a Conservação da Natureza.
Tese de Doutorado. Dpto. De Antropologia. UFSC. 2005 p.13).
As
culturas indígenas, sendo dotadas de uma racionalidade diferenciada em sua
visão de mundo e cosmologia, em que cultura e natureza se interrelacionam, são
importantes aliadas para a construção de um manejo em que, saberes tradicionais
e científicos pode contribuir para a sustentabilidade ecológica e cultural.
Propõe-se a integração dos direitos indígenas, a valorização e o resgate de
seus saberes tradicionais, especialmente os concernentes à sustentabilidade
ecológica (Diegues, 2000, p.1-46; Roué, 2000, p.67-79; Castro, 2000, p.165-182;
Colchester, 2000, p.225-256).
Há uma
série de experiências no mundo sobre sistemas agroflorestais sucessionais.
Conhecem-se, na literatura, vários exemplos de sistemas agroflorestais que
apresentam a característica que nos remetem a identificá-los como que análogos
aos ecossistemas locais, às florestas tropicais, e que a sucessão ou os princípios
da sucessão ecológica estão presentes. Podemos citar como exemplo os diversos
quintais agroflorestais, de comunidades tradicionais de ribeirinhos,
quilombolas, caiçaras, dentre tantos outros; os sistemas de produção de algumas
etnias indígenas da Amazônia, como os “Borá”, por exemplo, no Peru,
apresentados por Devenam & Padosh,
1987; os “Kayapó”, da bacia do rio Xingu, por Posey, 1984 e 1987); e também as
experiências com as chamadas florestas análogas (Analog Forest), desenvolvidas por
NSRC (NeoSynthesis Research Centre), no Sri Lanka, pela rede coordenada pela
Environment Liaison Centre International em Nairóbi, no Kenya, e formada por
algumas ongs na Costa Rica, e pelo UNOCYPP – Equador. Esses sistemas
agroflorestais buscam reproduzir a arquitetura e ecologia dos sistemas
naturais, tendo como foco a identificação e incorporação de biodiversidade
(Senayake & Mallet, 1997; Senayake & Jack, 1998; Senayake, 2001).
Os
sistemas agroflorestais biodiversos, desenvolvidos com base nas experiências do
técnico agroflorestal e cientista Ernst Götsch, que possui uma propriedade
modelo no sul da Bahia – BR, são chamados por alguns pesquisadores de Sistemas
Agroflorestais Regenerativos Análogos (Safra; Vaz, 2001).
Os
conhecimentos ou fundamentos de muitos desses sistemas agroflorestais
sucessionais, que têm raízes em culturas milenares, não estão sistematizados,
ou não se encontram explicitados. Frutos do empirismo, esses sistemas complexos
funcionam, mas muitas vezes não se sabe como ou porque, e torna-se difícil
reproduzi-los ou generalizá-los, ou ainda adaptá-los em condições distintas das
de onde essas agroflorestas são originalmente encontradas. (Peneireiro,
Fabiana. Fundamentos da Agrofloresta Sucessional).
E muitas
vezes são sistemas que se tornam pouco eficientes no sentido da geração de
renda, e um novo olhar pode ser realizado, potencializando-se alguns cultivos, combinando
espécies até exóticas, diminuindo seu impacto ao ambiente nativo, e introduzindo
novos ecótipos ou variedades, até quase extintas, e podemos enriquecer o solo com
os chamados adubos verdes. (Schorr, M. K. Sistemas Agroflorestais para o
Brasil. Instituto Anima. Itajaí. 2001. P.60).
Portanto,
o primeiro passo é buscar no ecossistema do lugar, os fundamentos para a
construção dos agroecossistemas. No caso das regiões amazônicas ou de mata atlântica,
devemos nos inspirar nos ecossistemas de floresta tropical. Esse tipo de
ecossistema apresenta alta biodiversidade, com plantas ocupando diferentes
estratos, e grande quantidade de biomassa. Portanto, nessas regiões, os
sistemas produtivos, para serem sustentáveis, deverão ser agroflorestas, biodiversas
e multiestratificadas.
Uma
floresta não é estática. Ela segue a dinâmica da sucessão natural, onde os
consórcios das plantas são substituídos pelos subseqüentes. Assim, a construção
de uma agrofloresta deverá seguir esses mesmos preceitos, aonde os consórcios
das plantas agrícolas, combinadas com outras plantas de interesse econômico,
nativas ou não, vão se seguindo, de acordo com o tempo de vida das plantas,
ocupando da melhor maneira possível o espaço vertical, ou seja, de forma que
haja diferentes estratos.
Numa
floresta encontram-se plantas bem próximas uma das outras, desenvolvendo-se
muito bem, donde concluímos que as plantas não competem entre si desde que a
combinação delas seja adequada. Dessa forma, as agroflorestas, que também podem
ser chamadas de florestas de alimentos ou
florestas de produção, buscam produzir alimentos e outras matérias-primas a
partir de um tipo de sistema de produção que se assemelha a uma floresta
biodiversa em estrutura e função.
Aqui é o
detalhe mais importante: qual tipo de combinação teremos para os primeiros
anos, e para uma idade clímax natural, de mais de 20 anos após o início do
manejo? É preciso muita observação da realidade etnobotânica local, da
preferência dos mercados, dos hábitos da fauna e da cultura nativa.
Podemos
lutar contra o aparecimento natural das florestas, mas esta é a tendência
natural do planeta, é sua forma natural de repovoar-se e abastecer-se novamente
de todo o seu potencial vital. Na permacultura, temos as zonas I a V, e as
florestas normalmente são bem vindas na zona V. Na biodinâmica se reserva áreas
onde a entrada de seres humanos não se faz possível. A idéia é manter zonas
totalmente selvagens, para que a vida do planeta seja mantida livre da influência
de nossa civilização. Isto é importante para o equilíbrio do ecossistema e das
bacias hidrográficas, e a real preservação da vida para as novas gerações.
Nossa
intenção é trazer mais o componente florestal para perto das estradas,
quintais, lavouras, hortas, cercas, rios, nascentes, para que possamos
neutralizar principalmente os níveis muito assustadores do efeito estufa em
nossa atmosfera e realidade ambiental atual em todo o planeta. E que isto seja à
base da formação de uma nova mentalidade em todo o planeta. Na verdade, este
nosso mundo é um “belo jardim do éden”,
com a riqueza natural que possui, simplesmente poderíamos nos tornar crudívoros
e frugívoros, como é a moda do slow food atual, poeticamente "um
dia aposentadoríamos as enxadas, deixando os pássaros plantarem as sementes que
eles se alimentam". Isto ocorre em alguns locais, como modernas
ecovilas, mas pode representar algo que não queremos enfrentar, compreender e
viver. Mas de certo modo, seja o ápice de nossa evolução cultural e espiritual
em nossa rápida passagem pela terra.
Para
isso, compreender o funcionamento da floresta e sua dinâmica é fundamental, e a
sucessão natural é o princípio que deve orientar a elaboração e as intervenções
no sistema. Podemos começar a compreender os princípios sucessionais quando
observarmos que uma área degradada, depauperada pelo ser humano, e considerada
improdutiva em termos agrícolas, quando fica em pousio, a própria vegetação,
fauna e microrganismos ou seres muitas vezes considerados, pelo ser humano como
pragas, plantas daninhas, recuperam o solo e então o(a) agricultor(a) pode
voltar a produzir alimentos naquele local, ou seja, os seres vivos atuam no
sentido de aumentar os recursos vitais e nutricionais para a vida no lugar.
Mas
estabelecer um sistema agroflorestal, não significa abandonar a área e a
visitar a cada seis meses, é um processo de manejo contínuo, potencializando
todas as áreas por metro quadrado. Então, se mudas morrem, ou estão fracas, se
substitue e se aduba, corretamente.
Diversas
tendências estruturais são esperadas ao longo do processo sucessional, como o
aumento da diversidade, da eqüabilidade, do número de estratos, etc., à medida
que a comunidade atinge um nível estrutural mais complexo (Odum, 1969). Além do
aumento da biodiversidade, são notáveis as transformações ambientais no
decorrer da sucessão, como a transferência de nutrientes livres do solo para a
comunidade biótica ao longo do processo, reduzindo sua perda; a melhoria da
estrutura edáfica pela produção de matéria orgânica, além de modificações do
microclima (Gomez & Vasquez ,1985).
Segundo
Götsch (1995), sucessão natural é um processo que pressupõe mudança da fisionomia
e das populações no espaço e no tempo, no sentido de aumento de qualidade e quantidade
de vida. Nos estudos sobre sucessão ecológica observamos que são consideradas
apenas as espécies arbóreas e praticamente são desprezados os outros portes
vegetais. Da mesma forma, poucos são os autores que correlacionam a vegetação
com a fauna, e mais especificamente, com a fauna do solo.
Sabe-se,
por exemplo, que à sucessão das espécies vegetais acompanha a sucessão animal e
também da fauna do solo. Lal, 1992, estudando a sucessão da fauna do solo em
área degradada, em processo de recuperação, identificou diferentes estágios,
sendo que, em áreas degradas, com micro-clima quente, seco, com pouca cobertura
vegetal, há predomínio de colêmbolas; havendo o aumento de serrapilheira há presença,
em alta densidade de larvas de dípteros, colêmbolas, carabídeos predadores e aranhas,
podendo haver uma população mínima de minhocas; quando vai se avançando na sucessão,
com crescente produção de matéria orgânica, há predomínio de minhocas epigeicas,
seguido das anécicas, culminando com um notável aumento da atividade da fauna saprófaga.
Em
estudo comparativo entre sistema agroflorestal sucessional implantado por Ernst
Götsch e uma capoeira de mesma idade, observaram-se que as intervenções acabam
por acelerar o processo sucessional. Com relação à fauna de solo observou-se
essa tendência, predominando espécies predadoras na mesofauna do solo da área
de capoeira enquanto que na área de agrofloresta as espécies saprófitas eram as
mais abundantes, tendo sido encontrado inclusive minhocuçu (Rinodrillus sp.) (Peneireiro, 1999)
Se
fizéssemos uma experiência simples: se identificássemos capoeiras de diferentes
idades, próximas umas das outras, sobre mesmo tipo de solo, posição do relevo e
histórico de uso, e delimitarmos pequenas parcelas de 25 m2, onde quantificaríamos,
em cada uma delas, o número de espécies e o número de indivíduos por espécie,
observaríamos que, conforme aumenta a idade da vegetação da parcela, o número
de espécies se eleva e a densidade de indivíduos por espécie diminui.
Utilizando desse importante ensinamento da
própria natureza, conclui-se que é importante, na implantação das
agroflorestas, que as espécies sejam introduzidas em alta densidade e alta
biodiversidade. A introdução de árvores em alta densidade, em conjunto com as
espécies de ciclo de vida curto e médio, reduz inclusive a mão-de-obra e
viabiliza o bom desenvolvimento das plantas, caso contrário, poderá haver um combate
insano contra as “ervas daninhas”, que indubitavelmente surgirão para ocupar o
espaço desocupado.
Modernos
Conceitos de Policultivos e de Sistemas Agroflorestais - SAFs
“Sistemas
Agroflorestais” ou SAFs são sistemas de uso da terra que buscam aproveitar ao
máximo as condições ambientais e ecológicas presentes em um ambiente produtivo
agrícola e que para isso consorciam ou combinam espécies compatíveis e de
interesse agronômico e ecológico em diferentes estratos e composições vegetais.
Os objetivos de produção e de utilização culturais, níveis de utilização
radicelar dos solos ou da profundidade de penetração de suas raízes, proteção e
regulação da etologia ou do comportamento das pragas e agentes biológicos,
entre outros são demais funções e cuidados que estes sistemas de produção
agrícolas utilizam para serem com ampla eficiência implementados. (Schorr, M.
Fundação Cidade da Paz, Brasília, DF, 1992).
“Sistemas
Agroflorestais” são aqueles sistemas que aumentam o rendimento e o melhor
aproveitamento de uma área agrícola, combinam a produção de culturas agrícolas,
espécies florestais e animais simultaneamente ou em seqüência, na mesma unidade
de área, e ainda empregam práticas de manejo compatível com as práticas da
população local. (Kopijni, A.). Um dos principais agrossilviculturistas da
atualidade, é holandês, fez sua formação na Índia, é um consultor internacional
nesta área e vive em Botucatu, na Comunidade Demétria - SP).
“Sistemas
Agroflorestais” são formas de uso e manejo da terra, nas quais árvores e
arbustos são utilizados em associação com cultivos agrícolas e/ou animais, numa
mesma área, de maneira simultânea ou numa seqüência temporal. (Dubois, Jean,
Talvez o maior especialista brasileiro em sistemas agroflorestais para a Amazônia
e preside uma ong chamada de REBRAF- Instituto Rede Brasileira Agroflorestal - RJ).
Os “Sistemas
Agrossilvipastoris” são aqueles sistemas onde existe a interrelaçåo entre os
componentes da produção agrícola, florestal e animal (Baggio, A., Centro
Nacional de Pesquisa de Florestas, EMBRAPA, Colombo - PR. É um engenheiro-florestal,
doutor em Sistemas agroflorestais na Espanha).
Sistemas
Agroflorestais é um manejo sustentável da terra que permite incrementar a
produção total combinando agricultura, produção de árvores florestais e
frutíferas e ou animais simultaneamente ou seqüencialmente, e que seja
compatível com o padrão cultural da região (Bene et al., 1977).
Tab.1.0. Consorciações
possíveis e Conceituação
dos Sistemas utilizados
em Agrosilvicultura
(Adaptado de Combe;
Budowski - CATIE)
Cultivos Agrícolas
|
Florestas
|
Pecuária
|
Cultivos Agrícolas, Pomares, Árvores
|
Árvores
Perenes, recomposição da Flora, escolha de espécies econômicas
|
Criação Animal, Pastos, Fenação
|
Sistema Silvo-agrícola
|
Sistema
Agrossilvopastoril
|
Sistema Silvo-pastoril
|
Evolui para Sistema Agroflorestal
|
Torna-se
um Sistema Permacultural
|
Evolui para uma Permacultura com Animais
|
Cultivo em Aldeias,
Agricultura Familiar e
Empresarial
Cultivos Múltiplos
Policultivos
Aléias
Árvores Frutíferas em Lavouras, Tanques, etc
|
Árvores
que fertilizam
os
solos Florestas
Sustentáveis
tradicionais
e modificadas
Florestas
Medicinais
Reprodução
de Climax
Novas
espécies
Apicultura,
Animais Silvestres
|
Pastoreio e produção de forragem em plantações
florestais. Pastoreio e produção de Pastos complexos, com Cercas Vivas e Arborização.
Aléias para a produção de Forragem
|
Hortos Agrícolas
Extrativismo Sustentável
Permacultura Abundante
|
Quebra-ventos, Quebra-fogos
Madeira para Construção, Lenha
Plantas Ornamentais
Cogumelos, Mel
|
Bancos de Proteína
Múltiplos Pastos
Adubos Orgânicos
|
Como se
pode observar esta classificação demonstra quais são os principais tipos gerais
de combinação entre os elementos que participam da agricultura, as culturas,
florestas e animais. Todos bem combinados podem dar origem a uma agricultura
mais permanente, ecossistêmica, orgânica, biodinâmica, permacultural, sustentável
e multicomercial.
Tipos de
Sistemas Agroflorestais
São
aqueles sistemas que são associados a culturas agrícolas anuais ou perenes, com
espécies florestais. São classificados por:
Método
Taungya ou Cultura Intercalar: Consiste no estabelecimento de cultivos
florestais com culturas agrícolas. Emprega o cultivo de espécies anuais nos
primeiros anos do cultivo de uma floresta ou de um SAFs. Exs: Bracatinga com
feijão, arroz, milho; Cacau com banana, milho, feijão, café; Castanheira com
café, banana, pupunha, milho, mandioca, entre outros.
Consorciações para SAFs Amazônicos mais Encontradas:
- Guarubá + Mogno + Banana + Cupuaçu +
Ingá-cipó + Milho + Mandioca + Feijão: produção de alimentos, madeira de lei, é
um dos mais tradicionais.
- Andiroba + Freijó + Mandioca + Milho +
Feijão: produção de óleo, madeira, alimentos.
- Tatajuba + Paricá + Eucalipto + Panicum maximum + Centrosema pubescens +
Braquiaria humidicola + Estilosantes:
para minimizar o impacto de monocultivos de pastagem e queima da floresta.
- Freijó + Café + Milho ou Feijão ou
Mandioca: ótimo para café sombreado.
- Seringueira + Ipê-roxo + Mogno + Cacau +
Banana + Café + Cana: borracha, madeira, lenha, remédio, frutas e alimentos.
Ótimo para o café.
- Freijó + Café + Arroz: tradicional para a
agricultura familiar
- Castanha + Cupuaçu + Ingá + Andiroba + Copaíba
+ Banana + Milho + Mandioca + Batata-doce: Castanha, madeira, frutas de
exportação e para consumo interno e agroindustrialização, cereais e óleos de
alta qualidade,
- Cumaru + Freijó + Banana + Cupuaçu + Ingá +
Milho + Feijão Caupi: produtos medicinais para a indústria de cosméticos, temperos,
condimentos, madeira, frutas, forragem animal, grãos.
- Castanha + Freijó-louro + Pupunha + Banana
+ Pimenta-do-reino + (Milho, Feijão, Mandioca, Arroz, etc.): muito bom para a
mata mais fechada e úmida.
- Freijó-louro + Seringueira + Café: madeira
e produção em maior escala de Café.
- Cacau + Banana + Pimenteira + Pupunheira +
Mandioca: para pequenas propriedades, pode ser plantado em nível e é muito
tradicional.
- Pimenta + Pupunheira + Bandarra + Freijó
Louro: madeira, lenha, alimentos, palmito de alta qualidade.
SAFs de maior ocorrência no Nordeste
-
Algaroba + Palma + Agave + Guandu + Leucena: para o semi-árido, um sistema agroflorestal
- SAF mais tradicional para pastagem. Possui ainda baixo aproveitamento
energético e permacultural. Deveria ser combinado com o uso intenso de
matéria-orgânica na forma de mulching, uso de cercas vivas e formação de
bosquetes mais úmidos com cedro, mogno, castanheira, açaí, oiticica, dendê,
maniçoba, leguminosas como algaroba, eritrina, grevilha, leucena, ingá, entre
outros.
-
Leucena + Guandu + Palma + Milho + Cana + Calopogônio: para colheita de Milho,
como forrageira e para pastagens durante a seca. O gado vai ter pasto com
leguminosa e vai ganhar peso e sombra.
- Castanha + Seringueira + Côco +
Banana + Cacau + Cana + Melancia + Milho: um SAF que poderá fornecer muitos
resultados econômicos e enriquecer a dieta dos agricultores na região. Áreas
mais próximas as matas amazônicas.
- Palma + Algaroba: pastagens sombreadas com
o uso da leguminosa.
- Babaçu + Arroz: colhe-se óleo, castanha e o
cereal.
- Árvore de Niem + Arroz: sugestão para SAF
no semi-árido.
- Algaroba + Capim-buffel: para pastos no semi-árido,
pode-se introduzir a glicirídea, a leucena, o guandu e o calopogônio.
- Caprinos + Avelós: semi-árido. Recomenda-se
o uso de bosquetes e a integração com os sistemas silvopastoris que utilizam
leguminosas em aléias consorciadas com as pastagens.
- Côco + Cacau + Maniçoba + Abacaxi: na zona
da mata, é bem econômico. A Maniçoba produz borracha.
- Maniçoba + Guandu + Palma: zona do semi-árido
com pastoreios rotativos.
-
Leucena + Sorgo + Mucuna ou Feijão-bravo-do-Ceará: semi-árido e zona-da-mata,
plantio em aléias e para pastoreio e adubação verde.
SAFs de maior ocorrência no Cerrado:
- Castanheira + Mogno +
Jacaranda + Angico + Jatobá + Copaiba
- Acerola + Estilosantes +
Abacaxi + Batata-doce + Milho + Feijão-de-porco + Guandu
- Pequi + Caju + Pupunha + Algodão
- Caju + Pequi + Mangaba + Umbu +
Manga + Abacaxi + Soja: rotacionada com milho e bancos de proteínas
- Mogno + Jacarandá + Sobrasil +
Angico + Arueira + Jatobá + Jequitibá + Ipê, em SAFs com Castanheiras +
Copaibeiras + Café + Mandioca + Milho: Precisa ir plantando durante os
primeiros 4 a
6 anos com muita poda.
- SAF Medicinal: Ipê-roxo +
Ipê-amarelo + Copaíba + Sucupira + Barbatimão + Ervas Medicinais: em áreas de
monocultivos de agronegócio, como uma importante alternativa de renda.
SAFs importantes para a Região Sul e Sudoeste
do Brasil:
- Araucária + Imbuia + Peroba + Louro-pardo +
Culturas Anuais: ótimo consórcio para o Norte do Paraná, região de Londrina. A
idéia é reflorestar as áreas verdes que estão mal manejadas para proteger as
suas nascentes e produzir madeira de lei e grãos.
- Araucária + Aroeira + Erva-mate: consórcio
muito utilizado no PR, SC e até RS. É excelente para ser utilizado com
pastagens.
- Bracatinga + Erva-mate + culturas anuais:
muito utilizado perto da região de Curitiba. A Bracatinga é uma espécie
leguminosa das mais importantes para os SAFs do Sul do Brasil.
- Cultivo em Faxinal + Pastagens: ocorre no
PR, SC e RS, onde um conjunto de até 80 espécies vegetais é consorciado com o
pastoreio de animais, em áreas de maior declividade e em solos mais ácidos, e
de forma comunitária.
- Araucária + Erva-mate + Pastagens: muito
comum onde se colhe a erva-mate, vende-se pinhão e ainda podem-se conduzir
excelentes rebanhos. Pode fornecer uma renda muito elevada com a venda da
madeira e da erva-mate.
- Seringueira + Côco + Citrus + Cana com
Guandu em Aléias: em climas mais tropicais pode-se introduzir árvores maiores
como a seringueira, o côco, afim de aumentar a receita da comercialização de
seus produtos.
- Bracatinga + Erva-mate + Araucária + Trigo,
Soja e Milho em rotação: este consorcio é muito interessante por que a
Bracatinga é uma espécie que pode recuperar a fertilidade dos solos,
descompactar horizontes mais profundos e fornecer uma excelente lucratividade.
- Fícus + Marica + Bergamota + Pastagens:
para a região leste ou litorânea. Produz sombra para o gado.
- Acácia
+ Pastagens: são leguminosas que possuem a capacidade de fixar nitrogênio e
produzir uma elevada quantidade de madeira/ha. Pode ser consorciadas ainda com Acacia mangium, A. auriculiformis, A.
crassicarpa, A. holosericea, Erythrina poeppigiana, Zeyhera tuberculosa, Tabebuia
rosea, Joanesia princeps, Terminalia
catapa, T. ivorensis, Albizia caribea, A. falcata, Mimosa caresalpinifolia,
Cordia alliodora e Pterygota brasiliensis.
- Café + Ingazeiro ou Leucena ou Banana ou
Grevilha: muito utilizado na região de SP e PR, e ajuda muito na produtividade
da produção de café.
- Maracujá + Guandu + Milho + Amendoim +
Quiabo + Girassol + Aboboras + Melancias - Feijões Vagem Guaranis (Adubo verde
e alimento): indicado para a região de Florianópolis – SC.
Cultivo
em Aléias (Alley Cropping): São cultivadas espécies úteis para a recuperação da
fertilidade natural dos solos nas ruas entre as fileiras ou renques plantados
com espécies arbóreas, geralmente leguminosas, onde sofrem podas periódicas
durante o ano. Estas barreiras de proteção para as culturas agrícolas são
mantidas com portes baixos. São cultivadas inclusive em curvas de nível e em
terraços como quebra-ventos, cercas vivas, etc. Sua grande vantagem é que os
animais se alimentam e o solo é fertilizado diretamente com o corte de suas
restevas que são dispostas normalmente entre as linhas dos cultivos. Podem
revitalizar um ambiente rapidamente e trazer muita economia no manejo do gado.
Também são muito importantes como corredores de combate e prevenção aos
incêndios florestais, onde são montadas em áreas próximas às florestas, com o
plantio de faixas concentradas de até 5 ms de largura. Faixas maiores são
camadas de “Quebra-fogos” ou Stop-fires. Exemplos: acácias, leucena, algaroba,
caliandra, erytrina. entre outras.
Arborização
de Culturas: Utilizam-se espécies arbóreas de porte médio e alto para a
produção de madeira, frutos ou usos múltiplos, plantadas a espaçamentos
regulares e amplos permitindo inclusive a mecanização. São os chamados “Sistemas Agroflorestais Tradicionais”.
São muito importantes para as zonas de transição entre as matas e os campos,
para a região do Cerrado Brasileiro, para os sistemas de produção monoculturais
de cana-de-açúcar e soja no Brasil, para as comunidades autóctones da Amazônia,
entre outras.
Árvores
para Sombreamento: Espécies arbóreas de porte médio e alto, madeireiras,
frutíferas ou para usos múltiplos, usadas para a proteção de culturas agrícolas
anuais ou perenes de sombra (Cacau, café, pupunha, cardamomo, gengibre, medicinais,
etc). São formados de forma mais densa e compacta.
Suporte
para Trepadeiras: Árvores e arbustos para uso como esteio de culturas como
maracujá, uva, chuchu, cará, pimenta-do-reino, guaraná, etc. É usado o bambu,
acácia, grevilha, eucalipto, arueira, mogno, cedro, entre outras.
Integração
Piscicultura-Bosque ou Aquassilvicultura: árvores cujos frutos sejam
aproveitados para alimentação de tanques de piscicultura. Ex: Araçá, guavirova,
pitanga, goiaba, pessegueiro, videira, citrus, murici, banana, etc.
Árvores em Matas Ciliares: Palmito
e reflorestamento de árvores para conter enxurrada e erosão de rios, normalmente
para fins comerciais, como abacateiro, citrus, pereiras, mangueiras, banana,
graviolas, cupuaçu. Os rios podem ser repovoados com aguapés e vitória régia,
mediante estudos de capacidade.
Árvores
de Valor Comercial: Espécies florestais que são cultivadas em áreas
específicas, normalmente em terrenos inclinados, na forma de bosques úmidos ou
não, que objetivam a venda futura de madeira para movelaria principalmente.
Também são cultivadas para cercas vivas inclusive de divisas territoriais e
para sombreamento de estradas. Mais comum é o eucalipto, cedro, mogno e
araucária.
Árvores
para Melhoramento da Fertilidade dos Solos: Espécies florestais que possuem a
capacidade de nitrogenar o solo enriquecendo-o com níveis de nitrogênio e fósforo
muito mais elevados e são cultivadas normalmente em práticas mais longas de
pousio, no repovoamento de florestas. Também são utilizadas em sistemas agroflorestais,
sobretudo nos sistemas de cultivo em aléias ou alley cropping. Ex: Angico,
leucena, grevilha, etc.
Agricultura
Indígena Tradicional Amazônica: Esta agricultura aborígene amazônica chega a introduzir
um consórcio com 140 espécies diferentes de aproveitamento alimentar,
medicinal, para combater pragas e atrair caça. Possui o uso da batata-doce como
planta básica de controle da regeneração natural da floresta. Seu sistema mais sustentável
possui uma razoável fonte de vitaminas, energia e proteínas.
Agricultura
em Patamares ou “Slopping Agricultural Land Tecnology”: Agricultura praticada por exemplo nos Andes e
nas Filipinas em plantações de arroz em terrenos declivosos, utiliza SAFs para
contenção da erosão e proteção do solo.
As Vantagens e as
Limitações dos Sistemas Agroflorestais
A formação dos SAFs engloba como
norma básica uma estrutura agrícola diversificada, menos dependente de recursos
externos, mais regenerativa e que melhora a qualidade de vida e do
meio-ambiente. Ainda é descentralizada nos conteúdos e formas de organização
social e política. Seus objetivos consistem basicamente de:
- Aumentar a utilização e
rendimento fotossintético dos vegetais. Isto também segue prioridades. Uma
delas, é a busca de novas descobertas de ordem genética (pesquisa
etnobiológica, engenharia, citogenética e biotecnologia), outra, é a
estratificação vertical e melhor combinação horizontal adequada das plantas
(Permacultura, engenharia florestal e SAFs diversos).
- Incrementar a melhoria de
fertilidade dos solos e reciclagem de nutrientes, diminuindo o impacto dos
fatores interperizantes, usufruindo das técnicas de conservação e manejo
adequadas.
- Ocupar da melhor forma
diferentes horizontes de solo e extratos aéreos verticais trazendo proteção
maior contra ventos e tempestades.
- Evitar o efeito dependência e
queda de mercado, com uma maior diversidade alimentar e oferta de produtos.
- Conquistar novas fontes de exploração agrícolas
mais sustentáveis, entre os sistemas de consórcio agrícola, arbóreo e animal.
- Verticalizar a economia. Proteger
o meio-ambiente, e se tornar um importante fator de prevenção ao impacto das
mudanças climáticas.
- Melhorar as condições vitais,
ambientais, ecológicas e climáticas do ecossistema.
- Pode ser habitado e consorciado
com a criação de animais silvestres.
Tab. 2.0. Comparação de Dois
Paradigmas de Cultivo:
Monocultivos e Policultivos
(Adaptação
de CHAVELAS, CATIE, 1979)
Características |
Monocultivos |
Policultivos
|
Estrutura:
|
Lavouras
|
SAFs
|
Estratos:
|
Dimensional
|
Multidimensional
|
Arquitetura:
|
Homogênea
|
Heterogênea
|
Fitossanidade:
|
Pragas
Uniespecíficas
Rápida
multiplicação
|
Poucas pragas
Barreiras naturais com maior número de
inimigos naturais
|
Ocupação do Agricultor:
|
Estacional
|
Contínua
|
Atividades:
|
Casual
Intensiva
|
Sustentável
Múltipla
|
Aproveitamento da Capacidade Sócio-cultural:
|
Limitada
Se
transplantam
Tecnologias
Tradicionais e
Convencionais
impactantes
Importação
Massiva
de
Nutrientes, Sementes
Perda
Crescente de
Valores
Tradicionais
|
Sem previsão de limites
Tecnologias. associadas a descobertas mais
recentes, adaptáveis ao local da atividade
Pouca importação
de tecnologia e de nutrientes
Evolução da Cultura Tradicional
|
Impacto
ecológico:
|
Degradação
e exploração
do
meio ambiente
Destruição,
Venda e Exportação do Ecossistema
|
Procura-se melhorar o
ambiente
Busca-se a reciclagem de nutrientes e a
recuperação da fertilidade
Ecossistema é reciclado e mais preservado
|
Retorno Econômico
|
Atualmente
paga os custos de
produção, mas os custos ambientais e sociais não são orçados
|
Consegue pagar seus custos de implantação, obter
lucratividade e sem ônus ao ambiente.
|
Algumas Experiências em SAFs e seus efeitos
na Economia
Experimento em Una (Bahia,
Brasil), ano de 1984, envolvendo o cultivo de seringueiras (Hevea brasilium) consorciadas com banana-da-terra
(Musa paradisiaca) e açaí (Enterpe oleraceae), demonstra que se
pode deslocar para o segundo ano de exploração agrícola o retorno dos gastos
para a implantação do sistema através da venda da produção de banana-da-terra e
açaí. Em monocultivos, de seringueira teríamos o retorno a partir do nono ano
(Alvim et al, 1989). O mesmo autor
demonstra que o ponto de nivelamento econômico em um consórcio de cacau (Theobroma cacau) com pimenta (Piper nigrum), pupunheira (Bactris gasiparae), banana-prata (Musa sapientum) e mistura de variedades
locais de mandioca, pode ser deslocado para o 2o. ano, ao invés de ser gerada
no 12o. ano como é encontrado nos monocultivos de cacau e seringueira.
Para o dendê (Elaeis guineensis), o abacaxi
possibilita retornos a partir do segundo ano quando em consórcio. Seria 8
anos para retorno positivo em monocultura (Alvim et al, 1989). Rayatree
exemplifica como cultivo de grande retorno financeiro o exemplo do consórcio Acacia albida e sorgo no Saara. A produção chega a ser duas vezes maior. As
folhas das espécies florestais caem na estação chuvosa quando está sendo
cultivada a cultura anual e permanecem na seca protegendo o solo e combatendo
os ventos, quando não são realizados os plantios. Copijni exemplifica o emprego
do consórcio entre uma espécie de Kiwi (Paulownia
alongata) e o cultivo de culturas anuais na China. A produção chega a ser o
dobro, pois as culturas anuais atraem insetos polinizadores e dinamizam melhor
os nutrientes, e o retorno é bastante compensador. Outro pesquisador, Lagemann
enfatiza que os cultivos mistos chegam a ser 10 vezes mais rentáveis que os
convencionais.
Stoler demonstra que os hortos
caseiros trouxeram mais de 60% da necessidade de calorias da família e mais de
20% dos ingressos econômicos em outros países como Java. Na Nigéria, 67% do
país é cultivado com um consórcio entre azeite de palma, cacau, café e noz-de-cola
(Getahun, Wilson e Kang, 1982). Todas estas culturas são organizadas na maioria
em associações e são exportadas para os países europeus. Grande parte da Ásia sul,
porção oriental, cultiva-se côco consorciado com caucho, cacau, café e azeite-de-palma.
No Quênia, 50% da lenha e 40% da forragem são provenientes do cultivo de
árvores na beira dos cursos d'água, caminhos, estradas, borda de lavouras, etc.
No Brasil, 73% do semi-árido
nordestino não podem depender de chuvas para a adequada exploração agrícola
(Hargreaves). Assim é necessário o uso de espécies vegetais arbóreas de elevada
resistência às intempéries da seca. Nesta mesma região, o consórcio cacau e
bananeira são muito utilizados, já côco (Cocos
nucifera), babaçu (Orbignya martiana),
carnaúba (Copernicia prunifera) e dendê
(Elaeis guinensis) são utilizados com espécies de elevado retorno econômicos.
Dubois et al (1983),coloca que o
valor bruto da produção ha/ano pode ser aumentado em 46,21% e a receita líquida
da atividade agrícola ha/ano também pode aumentar em 41,76% com policultivos
com cacau, café, cupuaçu, mandioca, feijão, milho, arroz, freijó (Cordia goeldina), mogno (Swietenia macrophyla), na regiåo de
Tapajós-Amazônia Brasileira. Isto representa acréscimos de 5 ha/ano em relação
a área de monocultivos agrícola. No sul do Brasil experimento que envolve o
plantio da bracatinga (Mimosae scabrela)
afirma que se pode ter um rendimento médio econômico de 45 % a mais com o seu
cultivo consorciado com as lavouras, com a venda da lenha, produção de mel e
acúmulo de nitrogênio no solo.
Kang, em 1987 estimou a contribuição
de nutrientes de aléias de glicirídia e leucaena para uma cultura de milho em 40 Kg por ha. Guevara, 1978 reporta
rendimentos de 500 a
600 kg
de N por hectare em plantações de forragem no Havaí.
6. Metodologia:
Alem de
viajar-se por várias regiões do Brasil, e termos participado de congressos
nacionais de agroecologia e de permacultura, onde se destacaram o IV Encontro
Brasileiro de Agricultura Alternativa em Petrópolis – RJ, no ano de 1984, e a aprovação de uma
consultoria para o Centro Nacional das Populações Tradicionais – CNPT, do
IBAMA, em Brasília, para o PPG7/ONU, na região de fronteira do Brasil com o
Peru, na reserva extrativista Chico Mendes, no ano de 1998, desenvolvemos uma
síntese de nossas buscas e pesquisas em nosso sitio, aplicando várias
eco-tecnologias, na sede de nossa organização, o Instituto Anima, de forma
intensa e objetiva.
O Sitio
Cristal Dourado foi encontrado abandonado, coberto de mata de cipó espinhoso e
com uma população muito elevada de pinus
eliotti. Em 2 meses limpamos o local, retiramos o pinus, e iniciamos um
processo de zoneamento e de setorização
do sitio, potencializando cada local com novos cultivos e combinações de
plantas, em diferentes níveis e estratos agroflorestais. Em 120 dias, plantamos
completamente a área, tornando-a muito produtiva:
- Iniciamos
com hortas, em sistemas de policultivos: com plantio de ervas medicinais
(Menta, mirra, hortelã, malva, cana-de-macaco, arruda, guiné, centella asiática, babosa, saião,
orégano, alecrim, tomilho, mercúrio cromo, mil folhas, artemísia, ginseng, cânfora,
quebra-pedras, arnica, abre caminho, gervão, ambrosia, entre outras) no extremo
dos canteiros, e do lado oposto, espécies mais perenes como couve, berinjela,
pimentão, pimenta, tomate, abobrinha, etc. Sementes de hortaliças, como
cenoura, rabanete, nabo, rúcula, alface, chicória, agrião, acelga, coentro,
salsa, cebolinha, alho porró, foram semeadas em linhas, e no meio das ervas
medicinais de maior porte, sendo colocadas à lanço.
Posteriormente,
devido à forte presença do aquecimento solar, tivemos que optar por construir
uma estrutura superior de madeira de eucalipto e as toras, aproveitando em
parte as toras de pinus do sitio, e sendo coberta por tela de sombrite 50
%. Entre os postes colocamos fios de arame
galvanizado, e para subir neles introduzimos o plantio de guaco, a ora-pro-nobis,
o maracujá, o feijão-vagem guarani, a vagem, ervilha, a bucha e a cabaça. Temos hoje quatro hortas totalmente cobertas,
totalizando aproximadamente 900
m2 de área coberta, e sendo irrigadas com mangueiras de
microaspersão Santeno tipo II, que são dispostas sobre ripas finas de madeira,
penduradas por arames nas estufas de sombrite. O ambiente interno fica
protegido, mais úmido e bem vital. Até no verão em nossos solos pobres
arenosos, onde o sol é intenso e atinge mais de 14 UV, pois estamos a 1.5 km do mar, temos uma boa
produção de alimentos e até de verdes como alface. Isto não ocorre em quase
lugar nenhum da “ilha da magia” ou Florianópolis ou Floripa como é chamada
nossa capital de SC.
- A
adubação dos solos: foi realizada durante várias vezes ao ano, com porções
pequenas e constantes de calcáreo, pó de rocha, esterco de aves, de boi e nossa
compostagem, esta em uma escala maior. Houve o uso de palha de pinus e de
serragem fina em alguns locais. Adubação em excesso atrai pragas, e sempre é
interessante em doses menores quando as plantas ficam mais enfraquecidas. O uso
de biofertilizante foi sempre aspergido em dias de sol muito forte e seco, nos
finais de tarde, algumas vezes por ano, e este biofertilizante possui algas,
água do mar, pó-de-rocha, bórax, zinco, enxofre, leite, bagaço-de-cana, restos
vegetais verdes escuros e animais, como esterco de aves e de cachorro, gado e
um pouco de sulfomagro e de biogel comprado externamente. Ele aumenta a absorção
de nitrogênio em plantas que estão carentes deste elemento e ativa
profundamente a biologia.
-
Montamos duas mandalas de ervas medicinais: de mais de 10 ms de diâmetro cada
uma, e que possuem uma produção de mirra, gervão, ginseng, artemísia, ambrosia,
carqueja, babosa, saião, alecrim, arruda, mil folhas, hortelã, malva, capim
limão, melissa, agave, folha da fortuna, abre caminho e abacateiro.
Tabelas de Produtos do Instituto Anima:
Amigos
(as), conheçam nossa permacultura medicinal, organizada na forma de produtos
como ervas e compostos medicinais que atuam de forma mais profunda e eficaz,
alimentos nutritivos integrais, cds musicais e velas artesanais feitas de
cera de abelha. Maiores detalhes estão na ecoloja em nosso portal da vida: www.institutoanima.org, e em nosso stand nas ecofeiras em Floripa - SC
Somente
com a venda de nossos chás e remédios artesanais em nossas ecofeiras e em nossa
sede conseguimos manter e investir na manutenção de nossa sede e Sitio Cristal
Dourado, sem contar com nossa ampla produção de alimentos agroecológicos
fresquinhos e profundos artendimentos terapêuticos ... e o mais importante, é
que observem todo o potencial que uma área de apenas 1/2 hectare pode fornecer
de preciosa abundância, riqueza terapêutica e exemplo de ambiente de cura para
toda a humanidade e planeta Terra.
Chás
|
Funções
|
Vol
|
Atac
+ 10
|
Var
Un
|
Composto Calmante:
Capim Limão,
Melissa, Maracujá
|
Acalmar,
Combater Insônia, Agitação do Sistema Nervoso,
Limpar a
Mente, Evitar uso de Drogas, Boa Circulação, Cardíaco
|
Pc. 50 gr
|
3.00
|
5.00
|
Composto
Emagrecedor:
Abacateiro, Ambrosia,
Capim Limão, Cavalinha, Centella Asiática, Espinheira Santa, Mil Folhas,
Melissa e Pata de Vaca
|
Emagrecedora,
Depurativas, Hepáticas, Antianêmica, Diuréticas, Renal
|
Pc. 50
gr
|
3.00
|
5.00
|
Composto
Antigripal:
Capim Limão,
Guaco, Malva, Mastruço, Menta, Pitanga, Picão Branco, Poejo, Melissa
|
Pneumonia,
Gripe, Resfriado, Tosse, Febre
Asma,
Catarro, Bronquite, Imunidade
|
Pc. 50 gr
|
3.00
|
5.00
|
Composto
Fortalecedor:
Catuaba, Jatobá,Mulungu e Jurema Preta |
Anemia e Fraqueza, Coração, Anti-Vampirismo,
Medula e Sangue, Mioma, previne Câncer no Útero e Ovário,
Próstata, Circulação e Oxigenação Celular, evita Depressão
|
Pc. 50 gr
|
3.00
|
5.00
|
Abacateiro
Persea gratissima, Gaertn |
Combate
Diarréias, Desinterias, Febres, Reumatismo, Problemas e Cálculos Renais,
Diurético e Artritismo
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ -
3.00/50 gr
|
|
Chá Arnica do
Campo
Anthenis nobilis, L. |
Antiinflamatória,
Diurética, Dores e Contusões
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Chá Artemísia
Artemísia vulgaris, L. |
Má
Menstruação, Anemia, Cólicas, Estomago Débil, Anterite, Epilepsia,
Flatulência, Icterícia, Calmante, Piolhos e Feridas
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00:
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Alecrim
Rosmarinus officinalis L. |
Úlceras,
enxaqueca, queda de cabelo, depressão, vertigem, cansaço físico e mental,
hemorróidas, afecções hepáticas, intestinais e renais, bronquite, coqueluche,
feridas, úlceras, gota, clorose, nevralgias, paralisias, feridas, contusões,
indigestão, histeria, nervosismo, celulite, colesterol, convalescença,
odontalgia, edema, entorse, frigidez, impotência, rugas, insônia e torcicolo
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 30.00:
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Alfavaca e
Mangericão
Ocimum basilicul L. |
Purificadora,
Limpeza do Sangue e Astral, Vermífuga, Tônica, Gástrica, Diurética, Combate
Dores na Urina, a Falta de Apetite, Insônia e a Má Lactação, Indicada para
Gestantes, como tempero
|
Minimo
10 uns: R$ - 2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
Varejo: R$ - 3.00/50 gr
|
|
Amoreira
Morus nigra L.
|
Diabetes, Pedras nos Rins , Bexiga.
Reposição Hormonal, Olhos
|
|||
Boldo
Vernonia condensata L. |
Hepatite,
Males do Fígado, Vesícula, Gastrite, Insônia, Reumatismo e Gonorréia
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
Varejo: R$ - 3.00/50 gr
|
|
Barbatimão
Stryphnodendrum barbatiman, L. |
Hemorragias
Internas, Corrimento Vaginal, Gonorréia, Feridas, Hérnias e Ulcerações
Externas
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 5.00/50 gr
|
|
BardanaArctium lappa |
Mineralizante,
Fortalecimento, Pele, Diurética,
Hipoglicemiante, Anti-inflamatória, bactericida, depurativa e
cicatrizante, couro cabeludo nas dermatites descamantes
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Branco |
Antioxidante,
emagrescedor, diminui colesterol, combate cárie
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 5.00/50 gr
|
|
Canela em Rama
Cinnamomum zeylanicum |
Adstringente,
antisséptica, aromática, carminativa, digestiva, vasodilatadora,
hipertensora, sedativa, fortalecedora, contra indicação para gestantes
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
Varejo: R$ - 3.00/50 gr
|
|
Camomila
Chamomilla recutita [L.] Rauschert |
Inflamações
oftálmicas, diarréia infantil, embaraços gástricos, enjôos, indigestões,
enxaquecas, afecções de pele, cólicas, lumbago, estomatite, afta, ciática,
gota, mialgias, cistites, náuseas, assaduras, queimaduras de sol, doenças do
útero e do ovário, gengivite, feridas, oftalmias, insônia, afecções nervosas,
inapetência e úlceras
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Capim Limão
Cymbopogon citratus,(D.C. et Nees.) Stapt |
Calmante,
Refrescante, Renal, Diurético, Antigripal, Desinfetante, Gases
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
Varejo: R$ - 4.00/50 gr
|
|
Carqueja
Baccharis trimera Less. |
Má
digestão, feridas e úlceras, gota, obesidade, azia, gastrite, fraqueza
intestinal, icterícia, afecções do baço, fígado e da bexiga, má-circulação,
angina, cálculos biliares, inflamação das vias urinárias, chagas venéreas,
lepra, impotência masculina e esterilidade feminina
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
Varejo: R$ - 4.00/50 gr
|
|
Cana de Macaco
Costus spiralis, Rose |
Cálculos
Renais, Bexiga, Inflamações das vias urinárias, Calmante, Diurética,
Emagrecedora, Refrigerante, Dores em Geral, Arteriosclerose, Gonorréia e
Sífilis
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
Varejo: R$ - 4.00/50 gr
|
|
Cavalinha
Equisetum arvensis L. |
Depurativas,
Remineralizante, Antiinflamatória, Diuréticas, Cicatrizante, Tonificante,
Revitalizante e Antiacne, Seca Excesso de Líquidos
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
Varejo: R$ - 4.00/50 gr
|
|
Cinamomo
Melia azedarach, L. |
Prisão
de Ventre, Histerismo e Abortivo, Uso Externo para Feridas e Problemas de
Pele, Vermífugo
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 3.00/50 gr
|
|
Erva Baleeira
ou Salicínea
Cordia verbenácea, L. |
Hemorragias
Internas, antiinflamatória, cicatrizante, para feridas, remove hematomas,
reumatismo, dor na coluna, incenso natural
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Erva Cidreira
Lippia Alba, L. |
Calmante,
antinevrálgica, digestiva, antiespasmódica, estimulante, estomáquica,
sedativa, tônica dos nervos e hipotensora
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
Varejo: R$ - 3.00/50 gr
|
|
Erva Doce
Pimpinella anisum |
Funções:
Calmante, combate insônia, náuseas, cólicas e vômitos. Reestabelece a
menstruação e aumenta o leite materno
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Espinheira
Santa
Maytenus Ilicifolia L. |
Gastrite,
Gases, Acne, Intestino Preso, Retira Excesso de líquidos, Emagrecedora,
Limpeza Espiritual e Mental
|
R$ -
3.00/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Chá de
Feijão-Andu
Cajanus cajan, Merr. |
Depurativo,
Antianêmico, Tosse e Inflamação da Garganta, Antialérgico e Adstringente
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 3.00/50 gr
|
|
Folha-da-Fortuna
Bryophyllum calcymum, Salisb |
Diabete,
Úlcera, Feridas, Frieiras, Pulmões e Pedras nos Rins
|
R$ -
3.00/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Funcho
Foeniculum vulgare, Gaert |
Digestivo,
Gases, Verminose, Expectorante, Tosses, Calmante e Cólicas, Amamentação
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Gengibre
Zingiber officinalis |
Estimulante
gastrointestinal, combate gases, anti-inflamatório, para reumatismo artrites,
feridas, circulação, tosses e bronquites
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 3.00/50 gr
|
|
Gervão Preto
Stachytarpheta janaicebsis |
Hepática
e Hepatite, Antiinflamatória, Estimulante, Eczemas, Erisipela, Afecções da
Pele, Prisão de Ventre, Renal, Cataplasma para Artrite
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Ginko Biloba
|
Oxidação das células e no envelhecimento. Estimulante
da circulação, diminui a hiperagregação plaquetária, evitando tromboses.
Indicado ainda contra micro varizes, artrite e cansaço nas pernas
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Ginseng
Brasileiro
Pfaffia Paniculata L. |
Revitalizante
e anti-stress, proteção da Aura, rico em Cálcio, Magnésio e Fósforo, tem ação
Anticancerígena e Circulatória, Emagrece
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Guaco
Mikania glomerata Sprengel |
Resfriados
e bronquites, inflamações de garganta, antiasmática, febrífuga, tônica,
peitoral, diurética, hipotensora, calmante, sudorífica, cicatrizante anti-reumática
e antiofídica. Raio azul, excelente para o chacra laríngeo
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Hortelã Branca
Mentha
rotundifolia L.
|
Calmante,
Anti-séptica, Gases, Estômago, Prisão de Ventre, Enxaquecas, Pele, Feridas,
Resfriados, Febre, Vermífuga e Anti-reumática
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Malva
Malva crispa,
L.
|
Limpeza
Interior e exterior, Aftas, Dor de Dente, Mau Hálito, Úlceras, Laringites,
Inflamações nos Olhos, Ouvidos e Intestinos, Imunidade, Clorofila
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Chá de
Marapuama
Ptychopetalum olacoides, Rill |
Proteção
da Aura e da Alma, Ativação do Cálcio, Magnésio, Fósforo, Inteligência,
Memória, Anti-stress, Afrodisíaco e Antidepressivo
|
R$ -
3.00/50 gr. Kilo: R$ - 30.00
|
R$ - 5.00/50 gr
|
|
Marcela
Achyrocline satureioides, Lam. |
Calmante,
Diurética, Digestiva, Azia, Cólicas Abdominais, Diabetes, Antifebril,
Disenterias, Tonico Capilar, Bactericida, traz luz a vida
|
R$ -
2.00/50 gr Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
MaracujáPassiflora alata, L. |
Ansiedade,
Insônia, Tensão Pré-Menstrual, Menopausa, Taquicardia,
Espasmos
e Nevralgias
|
R$ -
2.00/50 gr Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Chá Mentrasto
ou Santa Maria
Chenopodium ambrosioides, L. |
Depurativa,
Antiácidas, Varizes, Antianêmica, Tosses e Brônquios, Manchas nos Pulmões,
Hemorróidas e Vermífugo Poderoso
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 3.00/50 gr
|
|
Chá de Menta
Mentha piperita L. |
Calmante,
Refrescante, Antifebrífugo, Digestiva, Vermífuga, Enjôo e Vômito, Tosses,
Garganta, Gengiva e Inflamações, Clorofila, Imunidade
|
R$ -
3.00/50 gr. Kilo: R$ - 40.00
|
Varejo: R$ - 5.00/50 gr
|
|
Mil Folhas ou
Novalgina
Achillea millefolium L. |
Febre, alivia dores, reumatismo, varizes,
insônia, pressão alta, má circulação, males do estômago e fígado, como
infusão em gelo em hemorróidas, banhos de assento ginecológicos, é
expectorante e anticelulítica
|
R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
Varejo: R$ -
4.00/50 gr
|
|
Cipó Mil Homens
Aristolochia Cymbifera, Martius |
Gástrico, Hepático, Renal, Baço, TPM,
Asma, Febres, Diarréia, Convulsões,
Epilepsia, Palpitações, Fratulência,
Uso externo em Pruridos e Eczemas
|
R$ - 2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
Varejo: R$ - 4.00/50
gr
|
|
Pata de Vaca
Bauhinia forficata Link. |
Poderoso
hipoglicemiante, indicado em Diabetes melittus e elefantíase, reduz a
excreção de urina, regularizando a glicemia sangüínea, afecções renais,
melhora digestão e fígado, moléstias da pele e prisão de ventre
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
Varejo: R$ - 3.00/50 gr
|
|
Pau Verônica do
Pará
Dalbergia subcymosa, D.C. |
Anemia
e Fraqueza, Coração, Vampirismo, Medula e Sangue, Câncer e Mioma, Útero,
Ovário, Circulação e Oxigenação Celular, Icterícia, Picadas de Aranha e Queda
de Cabelo
|
R$ -
3.00/50 gr. Kilo: R$ - 40.00
|
R$ - 5.00/50 gr
|
|
Chá Penicilina
Althernantera brasiliana, |
Diabete,
Colesterol, Diurético, Cálculos Renais, Edemas
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Picão Preto ou
Cuambu
Bidens pilosa, L. |
Diabetes
e Hepáticas, Icterícia, Desinterias, Pedras nas Vesículas e Rins, Bexiga,
Asma, Bronquite, Amígdalas, Inflamações Crônicas, Emagrecedor e retira
Líquidos em excesso do corpo
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Picão Branco ou Botão de OuroGalinsoga parviflora, Cav |
Hepáticas e Diabetes,
Icterícia,
Desinterias, Pedras nas Vesículas e Rins, Bexiga,
Asma, Bronquite, Inflamações Crônicas, Amígdalas
|
R$ -
2.00/50 gr. Kilo: R$ - 20.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Quebra Pedras
Phyllanthus niruri L. ssp. latryrroides |
Diabetes,
litíases renais, disenteria, hepatite-B, afecções do fígado, cólicas renais,
infecções pulmonares, hemorragias, úlceras, contusões, feridas, gangrenas,
febre palustre, afecções urinárias, da pele, da boca e da garganta,
albuminúria, icterícia, gota, hipertensão arterial, afecções da próstata e
cistite
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Saião Kalanchoe brasiliensis, Camb. |
Aftas,
Calos, Erisipela, Feridas, Frieiras, Tumores, Úlceras, Verrugas, Xarope para
Tuberculose Pulmonar
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Verde
Cameilia sinensis
|
Digestão, Emagrecimento, Diurético,
Renal, Estômago, Purificação
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
TanchagemPlantago maior, L |
Antiinflamatória, Ulcerações, Dor de
Garganta, Gengivas, Limpeza de Útero e Ovários,
Hemorróidas, Olhos, Seios, Tosse e Bronquite
|
R$ -
2.50/50 gr. Kilo: R$ - 25.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Vinagreira
Hibiscus sabdariffa L. |
Depurativa,
Hepática, Antianêmica, Diurética, Laxante, Chacra Cardíaco, fortalece a
Amorosidade, Chá Frio para Soltar o Intestino
|
R$ -
3.00/50 gr. Kilo: R$ - 30.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
|
Unha-de-GatoUncaria Guianensis, (Aublet) Gmelin |
Renal, Bexiga, Intestino Preso,
Desinteria, Urina Solta, Febres, Sífilis,
Hemorróidas
e Desidratação
|
R$ - 3.00/50 gr. Kilo: R$ - 30.00
|
R$ - 4.00/50 gr
|
Produtos
Fitoterápicos
|
Funções
|
Vol
|
Atac +10
|
Var
|
Xarope
Antigripal:
Copaíba,
Própolis 40 %,
Mel
de Eucalipto e de Bracatinga
|
Antigripal, Catarro, Dor de Garganta, Dentes,
Gengiva, Mau Hálito, Mucosidade e Infecções
Internas,
Aumenta a Imunidade
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Composto
Antigripal:
Acerola, Embaúba,
Guaco, Laranjeira, Mastruço, Pitanga, Picão Branco, Pulmonária.
|
Pneumonia,
Gripe, Resfriado, Tosse, Febre Asma, Catarro, Bronquite, Imunidade,
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Composto Tônico
Fortalecedor:
Alecrim,
Aroeira, Barbatimão, Catuaba, Barbatimão, Gervão, Guaraná, Marapuama, Menta,
Mil-Folhas, Pau-Ferro, Pau Verônica e Penicilina
|
Antianêmico,
Debilidade, Stress, Falta de Ãnimo, Vampirismo, Fechamento do Campo, Memória
e Impotência.
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Composto
Gástrico:
Boldo,
Espinheira Santa, Erva Doce,
Funcho, Unha de Gato
|
Gastrite, Fermentação, Má Digestão
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Composto da
Harmonia Geral:
Possui Alecrim,
Alevante, Capim Limão, Hortelã, Malva, Menta, Melissa e Mil-Folhas.
|
Dor de
Cabeça, Enxaquecas, Dores, Calor Interno, Fermentação, Emagrecimento,
Desintoxicação, Dores de Garganta, Gengivas, Dentes, Feridas e Inflamações.
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Composto
Antiinflamatório:
Arnica, Babosa, Cânfora, Capim Limão,
Erva Baleeira, Melissa, Menta
|
Uso
interno e externo para Feridas, Ulcerações,
Inflamações,
Inchaços e Dores Musculares
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Tintura Externa:
Artemísia,
Confrei, Malva,
Menta, Pau Ferro
e Própolis
|
Feridas,
Ulcerações, Dentes
|
Frasco
30 mls
|
R$ -
9.00
|
R$ - 15.00
|
Spray Purificador:
Alecrim, Alevante, Capim limão, Citronela,
Hortelã, Malva, Menta, Melissa, Mil-folhas, Óleo Essencial de Alecrim,
Cipreste, Hortelã-Pimenta, Ylang-Ylang, Lima-limão, Eucalipto e Flores Andinas
|
.
Retira
Impurezas do Ar, Purificador, combate a Moscas e Mosquitos, Armazenamento de
Sementes, Automóvel, é eficaz Repelente
|
Frasco
50 mls
|
R$ -
12.00
|
R$ - 20.00
|
Fumo Medicinal Nagual:
Alecrim, Artemísia, Erva Baleeira, Capim
Limão, Camomila, Hipérico, Menta, Malva, Melissa, Mentrasto, Mirra, Pfáffia,
Resina de Jatobá, Breu Branco e Tabaco Orgânico
Todos cultivados de forma ecológica no
Sitio Cristal Dourado, sede do Instituto Anima. Não possui nenhum componente
baseado em psicoativos como cannabis sativa ou assemelhados
|
Anti-stress,
fecha campo energético, traz vitalidade e proteção, ativa o chacra do plexo
solar, é profundo purificador, substitui o cigarro
|
Pcts
50 gr
|
R$ -
3.0
|
R$ - 7.00
|
Óleo Medicinal Biovital:
Arnica, Babosa, Cânfora, Capim Limão, Erva
Doce, Erva Baleeira,
Melissa, Menta, Mirra, Malva, Folha da
Fortuna, Saião,
óleo de Eucalipto, resina de Jatobá e Breu Branco, base é óleo de girassol a
frio ou arroz
|
Limpeza
e Tônico para Pele, Relaxante e Antiinflamatório
|
Frasco
50 mls
|
R$ -
12.00
|
R$ - 15.00
|
Pomada Mágica de Própolis:
Com Alecrim , Alevante, Babosa, Confrei,
Capim Limão, Hortelã, Malva, Menta, Melissa, Mil-folhas, Própolis, Pau-Ferro,
Óleo Essencial de Lima-limão, Eucalipto e de
Flores Andinas, base é o Óleo de Babaçu
|
Cicatrizante,
desinfetante, indicada para acne e mancha de pele
|
Pt 30 g
|
R$ - 6.50
|
R$ - 10.00
|
Sabonetes Medicinais Puros: solicite o
tipo:
Lavanda, Alecrim, Malva, Menta, Ylang
Ylang, Gengibre, Leite de Aveia, Guaraná, Laranjeira, Cravo, Canela, Coco,
Chocolate, Vinho Tinto, Arruda com Sal Grosso, entre outros sabores e aromas
puros e naturais, possuem excelente qualidade, durabilidade e consistência,
assim não se desmancham ou perdem sua essência facilmente.
|
Várias
funções: hidratação e purificação da pele e do organismo
|
40 gr
|
R$ -
2.20- 2.50
|
R$ - 4.00 ou 3 unidades por R$ - 10.00
|
Perfume Natural
Breu Branco Amazônico,
Resina deJatobá, Erva Doce, Canela e
Ginseng
|
Desodoriza e purifica o organismo
|
Frascos
40 mls
|
R$ - 11.00
|
R$ -
15.00
|
Alimentos
Integrais
|
Funções
|
Vol
|
Atac +10
|
Var
|
Pão Medicinal
Integral
Farinha Integral, Farinha Branca, Óleo, Sal,Fermento Biológico, Mangericão, Linhaça e Muito Sol
Pode-se solicitar
que seja feito com: salsa, espinafre, alecrim, abobora, cenoura, mandioca e
batata-doce
|
Alimentação
|
400 gr
|
R$ - 2.50
|
R$ - 3.50
|
Pizzas Integrais
Orgânicas
Dois sabores:
Milho, tomate, salsa, mangericão, orégano, queijo colonial
Rúcula,
ora-pro-nóbis, tomate, queijo colonial, mangericão e orégano
|
Alimentação
|
Grande
Média
|
R$ -
15.00
R$ -
10.00
|
R$ - 25.00
R$ - 15.00
|
Biscoitos
Integrais:
Aveia com uva passa
e côco com maisena
|
Alimentação
|
Scs 50g e
150g
|
R$ - 1.0
e
R$ - 1.5
|
R$ - 1.5
R$ - 2.50
|
Granola Completa
Integral:
Aveia Grossa e Média, Castanha de Caju, Castanha do Pará, Erva Doce,Flocos de Milho, Leite de Soja, Linhaça, Damasco. Ameixa, Banana e Uva Passa, e Melado de Cana, |
Alimentação,
para boa Memória,
Inteligência,
Osteoporose, Esporte
|
Scs 500g
|
R$ - 4.0
|
R$ - 6.00
|
Gersal do Campeche Completo:
Gergelim,
Mangericão, Mangerona, Salsa, Orégano e Sal Marinho
|
Gastrite, Gases, Acne, Intestino
Preso, Mente
|
Scs 150g
|
R$ - 1.50
|
R$ - 3.00
|
Farinha
Múltipla 10:
Fibra e
Gérmen de Trigo, Farinhas de Soja, Aveia,
Milho,
Mandioca, Dolomita, Linhaça, Gergelim,
Abóbora,
Espinafre e Couve em Pó
|
Rica Fonte de Vitamina A, B, C, E, B12,Micronutrientes, útil para
subnutrição
|
Scs 150g
|
R$ - 1.50
|
R$ - 3.00
|
Sistemas
de Agroflorestas do Sitio Cristal Dourado:
- Modelo
de Agrofloresta I: Policultivos com Maracujá: Temos uma grande produção de maracujá,
em sistema de espaldeira, consorciado com guandu, mandioca, amendoim, milho
crioulo e indígena (Mais de 20 variedades), quiabo, girassol, abóboras,
melancias, melões, batata-doce, e feijões vagens guaranis (2 espécies antigas
em extinção), crotalária (3 espécies) que servem como alimento secos, verdes e
para adubação verde. Os feijões guaranis secos parecem como o feijão azuki, mas
são bem mais rústicos e se espalham muito mais. Podem ser comidos como vagem,
verdes e nitrificam os solos. Secos fornecem brotos muito poderosos.
O guandu
é cultivado ao lado do maracujá, e é podado três vezes ao ano, as sementes são
cozinhadas com arroz, e são muito fortes, a mandioca é plantada em linhas com
os demais cultivos, distante 1 m,
somente que bem espalhada, e a batata-doce é implantada no outro extremo,
distante 5 a
10 ms. Mandioca é colhida a cada 12 meses, algumas deixamos 36 meses, e ficam
com 1.5 ms cada raiz ! Cada batata-doce neste sistema, se adubada corretamente
com composto chega atingir 1.0
kg cada uma!
Ocorre
uma maior proteção do solo, com o crescimento da abóbora, melancia, amendoim,
batata-doce e feijão guarani. As copas da mandioca também são podadas. Nas
porções finais do terreno é introduzida a banana, pinha, ora-pro-nobis, physalis sp, e nos arames que ficam
vazios, plantam-se buchas, cabaças, chuchu nos locais mais úmidos, e guaco.
Espécies
agroflorestais menores podem ser colocadas no centro do sistema, como o mamão,
figo, limão, araçá, guavirova, cabeludinha, côco-anão, açaí, laranjinha,
pitanga, acerola e bicuda (Nativa da Ilha de Fpolis).
Depois
da colheita que começa com o quiabo, o milho, o girassol, o feijão, o maracujá
(Durante 6 meses), ainda a crotalária, a batata-doce, a mandioca, inserimos
ainda a mucuna preta e cinza (mucuna sp),
para forrar o sistema de massa verde e de nitrogênio, sendo podada antes do
inverno e deixada como mulching. Em Florianópolis, pode-se plantar milho até no
inverno, mas ele é geralmente atacado por gralhas azuis e papagaios da região.
Para isso colocamos bastante girassol para que estes animais tenham uma nova
fonte de energia e nutrição, colaborando com a estética e a natureza, e
descompactando os solos. Mas girassol é sinônimo de pura beleza e comida farta
para todo mundo, usado como picles salgados, brotos e leite.
- Modelo
de Agrofloresta II: Algodão + Laranjeira + Cabeludinha + Araçá + Mandioca +
Lab-Lab + Abóboras + Morangas + Melancias: O algodão produz mais quando recebe
aporte de nutrientes da poda das copas das mandiocas e da parte do cipozal do lab-lab,
e as micorrizas das abóboras ativam o solo. A terra fica toda coberta de
lab-lab, intensamente verde e cheia de mulching. Colhe-se muito algodão,
morangas, aboboras e melancias facilmente. Frutas amadurecem cada uma na sua
época. Comida não falta. Algodão serve para tecelagem e para artesanato com
sementes, cachimbos e cabaças.
- Modelo
de Agrofloresta III: Mamão + Figo + Laranja + Limão + Banana + Leucena + Milho
Roxo ou Vermelho + Feijão de Porco + Guandu + Batata-doce + Mandioca: Nos
cantos laterais face sul, temos a banana consorciada com guandu, mamona e
crotalária, todas estas sendo usadas para poda e adubação verde, e podem ser
colhidas suas sementes para nutrição e venda. A batata-doce não vai bem com a
banana, não são compatíveis. O plantio de tagetes ainda é aceito pelo bananal
se houver luz. O Milho, com feijão-de-porco, quiabo, é plantado em linhas de 1
x 1 ms, e as árvores são cultivadas em sistema de triângulo a cada 8-10 ms. O
mamão é uma planta rara na agroecologia, por que sofre muito ataque da doença
antracnose, e no sistema agroflorestal e com o uso de pó-de-rocha, calcáreo e cinza
podem ter uma incidência menor. Seu valor final atinge até R$ - 3.00/kg, sendo
uma importante fonte de renda para feiras e mercados e venda local. A mandioca
pode ser plantada bem espalhada, senão se torna dominante e inoportuna para
manejo e plantio posterior em outras safras futuras. No inverno é interessante
o plantio de ervilhaca neste setor com o tremoço.
- Modelo
de Agrofloresta IV: Gergelim + Feijão Cariocão + Feijão Azuki + Aboboras +
Morangas + Melancias + Feijão de Porco: Gergelim gosta de ser cultivado até
janeiro, em linhas de 1 x 1 ms, e aprecia a compania do feijão, que sempre
preservamos em mais de 10 variedades em nosso sitio. Colhe-se a cada kilo de
gergelim ou sésamo plantado, 10 kgs de retorno, e é apreciado pelas mamangavas,
que são insetos importantes e polinizadores para o maracujá. Neste sistema a
novidade interessante é que após a capina amontoamos o material cortado no
centro da lavoura, em uma pilha de 2 ms de altura, e deixamos ali tudo decompor
durante 60 dias. Após isto, retiramos o inço que nasce na sua porção superior,
capinamos e limpamos os cultivos, deixando ainda a beldroega, picão preto,
caruru, serragem, tansagem, que são plantas espontâneas que inclusive vendemos
para os vegans e naturistas nas ecofeiras, e esta matéria orgânica ou húmus
acumulada, volta ao solo e aos cultivos, novamente, fechando um ciclo perfeito.
O material verde é juntado e empilhado novamente. Então, aqui nada é queimado, o
que é prática comum no Brasil, mas vira matéria orgânica, adubo, economia,
saúde, dinheiro e qualidade de vida. Nestas áreas ainda temos araçás, pitangas,
limão, banana, arnica, ginseng, em maiores escalas. A venda destes produtos é
garantida nas ecofeiras e restaurantes, e há uma demanda imensa que não está
sendo suprida.
- Modelo
de Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu +
Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e
a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos
cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a
crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos
verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo,
pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado,
sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por
que invade os arames do maracujá.
- Modelo
de Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca +
Aboboras + Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga +
Acerola + Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto
com feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas
de forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da
área. No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é
cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local.
Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto
com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça.
- Temos
na parte fronteiriça do sitio o plantio de paineira, jacarandá, ipê amarelo,
ipê roxo, pau brasil, guarapuvu, canela, abacate, araucária, leucena, e muita banana,
maracujá, ora pro-nobis, girassol nativo, entre outras espécies.
7.
Resultados:
Em uma área
de quase 5.000 ms, avaliada em seu valor de mercado em 1 milhão de reais,
podemos alimentar em condições de solos pobres, cerca de 50 pessoas
mensalmente, e se as condições de fertilidade e de irrigação forem melhores,
este número alcança mais de 200 pessoas/mês.
A ampla
diversidade de produtos, sementes, mudas, reciclagem de nutrientes,
alternativas de renda e o impulso a criatividade, podem ser decisivos para quem
busca novas soluções relacionadas ao uso mais sustentável, dinâmico e que traga
mais retornos a sua terra. Esta é a missão de nosso instituto, propor estas
soluções aos movimentos sociais rurais e urbanos, favelas e classes mais
desfavorecidas.
Nossa
idéia inicial que foi sendo clareada aos poucos era de que a renda de nosso
sitio não seria suficiente apenas com a venda de verduras e de algumas frutas.
Mas a combinação de chás simples e compostos, fabricação de remédios
fitoterápicos, paes e cucas medicinais, pizzas, pesto, bolos, biscoitos,
granola, sucos verdes, ervas frescas, banana-passa, licores de maracujá,
geléias de banana, artesanato, venda de sementes crioulas, frutas, legumes e
verduras, poderiam ocasionar uma maior satisfação aos clientes e a geração de
renda diversas e constante, inclusive através de nossos sites.
Obvio
que tudo isso exige muito trabalho, diário, mas com a harmonia, como uma
meditação ativa, nós do Instituto Anima, levamos as nossas atividades, buscando
não cansar, forçar a barra e estressar demais, ao mesmo tempo, não damos mole e
deixamos as coisas muito para depois, mas justamente, sempre planejamos realizar
“o futuro desde já ou até para ontem”.
Pois o nosso amanhã desta forma se torna mais abundante, leve e prazeroso.
As
pessoas em geral não costumam realizar as tarefas simples com atenção e dedicação.
Estão geralmente presas a desejos grandes materiais, pois para nós estas coisas
maiores acontecem por que são atraídas pelo nosso trabalho e esforço.
Apreciamos muito o slogan: “o negócio é
ser pequeno”. E juntem muitas coisas pequenas bem feitas, para ver a força
e a beleza que ficam: um exemplo de uma totalidade e felicidade, uma coerência
maior muito grande que é demonstrada.
O
trabalho correto com a terra, dentro de uma visão holística, mais
espiritualizada, aberta, faz a mente descansar, relaxar, e o organismo absorver
muita energia, e assim ter mais saúde. Este é outro resultado qualitativo, que
é esquecido normalmente: “a agricultura pode
servir como um processo terapêutico, básico para a formação de uma medicina
integral preventiva e uma vida e sociedade mais saudável.”
Mas há
fatores importantes que impactuam com propostas desta natureza, como a falta de
recursos, o que é paradoxal, afinal só se fala em meio ambiente e
sustentabilidade em todo o planeta, mas quando se busca as verbas dos projetos,
elas normalmente ficam no papel e não são acessadas facilmente. Mas as causas
deste absurdo é o desvio dos recursos por questões políticas, onde empresas de
fachada são normalmente as que são beneficiadas, e que tecnicamente e
historicamente não estão engajadas. Por isso que se recomenda que as
iniciativas sejam muito focadas na produção e venda direta de produtos, e não
dependam tanto de verbas oficiais.
O fato é
que estes sistemas podem ser adotados em outras realidades, onde alguns
exemplos populares já existem em localidades pobres da Amazônia e do Nordeste
brasileiro, sobretudo os produtores de açaí, de borracha natural e de leite de
cabra. Estas informações foram mostradas
pelo Globo Rural na televisão, em alguns domingos pela manhã.
Um dos
aspectos também sensíveis é relacionado à autogestão e auto-suficiência
alimentar e genética deste projeto, onde a qualidade da nutrição, dos produtos,
sempre fresquinhos, plantados e colhidos por quem plantou, chega à mesa e podem
ser degustados satisfatoriamente. Bem diferente de quem compra em um mercado e
em um sacolão, aqueles alimentos pobres de nutrientes, muito envenenados,
carentes de vitaminas e sais minerais. Este fator nutricional é muito
importante, e resulta em uma receita qualitativa que não podemos mensurar.
Relacionado
às sementes, em um momento de séria crise ambiental, as sementes são bens
valiosos, que precisam receber mais atenção e cuidados especiais. Seu plantio,
seleção, armazenamento, é outra face da riqueza cultural e espiritual de um bom
agricultor, que está zelando na verdade pelo futuro de nossa espécie em nosso
planeta. Isto vamos discutir mais adiante. Mas isto exige muita sabedoria, de
quem realmente dá muito valor e prevê ou planeja um bom futuro.
O lado
da estética da paisagem, sua força vital, a presença de animais silvestres, a
reciclagem dos resíduos, nos locais certos, a felicidade encontrada nos animais
domésticos, como cães, gatos, galinhas, pássaros, a nutrição e zelo com os
minhocários, o aroma e perfume das ervas, flores, presença de insetos, a pureza
da água de poço, fazem de nosso projeto uma plena satisfação que traz paz,
tranqüilidade, amor ao próximo, muito serviço devocional e alegria a quem
chega, um grande acolhimento à todos que nos visitam.
Por isso
que dizemos que o ápice da humanidade é perceber que ela pode encontrar um
equilíbrio novamente com a natureza, e ativar ainda mais os seus ritmos
naturais e vitais, alcançando o zênite na agrofloresta e na permacultura. Na
verdade, concluímos que podemos fazer deste planeta novamente um incrível e
poderoso jardim do éden, como ele foi, e possivelmente voltará a ser, com ou
sem a nossa presença.
9.
Conclusões: O impacto da globalização, planejada dentro do ponto de vista das
grandes corporações e elites financeiras mundiais, impulsionou ao planeta todo,
uma intensa urbanização, trazendo um aparente maior conforto as pessoas, que
saíram do campo ou do meio rural em busca de condições melhores de vida. Mas a
maioria, sem qualificação, encheu as favelas e zonas de baixo poder aquisitivo
nas cidades. Os que ficaram na terra, foram perdendo os seus jovens, sua
cultura tradicional e colonial mais sustentável, e sua autogestão e auto-suficiência
foi invadida, pela propaganda maciça das empresas, pela pressão do crédito
agrícola que exigia a aplicação de um pacote tecnológico moderno importado
através da multinacional revolução verde, muito dependente sumamente de
produtos agroquímicos, que como conseqüência fez que grande parte dos
agricultores perde-se suas propriedades, se endividasse, envenena-se seus
solos, rios, sua saúde, e até
constituíram uma cultura mais capitalista, distante das leis e a sabedoria que
era mais aliada da natureza e hoje, volta-se até contra ela. O resultado é que
em muitos municípios de SC, 80 % das propriedades estão abandonadas, outras
atividades da agricultura familiar se tornaram dependentes dos grandes complexos
agroindustriais como os grandes agregados avícolas e de suínos. O agricultor de
proprietário se tornou refém dos preços, do lucro já calculado em média 8 %/ano,
onde seu tempo é aprisionado, com isso sua cultura, diversidade, e respeito a
outras ações diferenciadas são forçosamente esquecidas. Os solos e rios ainda
recebem uma imensa carga de dejetos, que não se tem onde mais colocar.
Os
agricultores de SC exigem que o programa Microbacias II, financie e subsidie
ações de proteção às suas nascentes, matas e florestas. Caso não sejam pagas estas
atividades, estes agricultores se recusam a colaborar com os órgãos de extensão
rural e de meio ambiente. Tal conclusão provém de nossa consultoria a Fetaesc,
maior federação de sindicatos rurais do estado de SC. Mas isto é um verdadeiro
absurdo.
Os agricultores
que ainda atuam no meio rural, querem mais renda, e lucratividade, para isso
planejam aumentar às suas áreas de cultivo, o que está sendo limitado pelas
leis ambientais federais. Em SC, foi proposta uma nova lei ambiental, que está
em fase de embargo. Outro assunto
polêmico, é que 60 % deste estado estão cobertos com pinus, e outra parte com
eucalipto, por isso há muito desequilíbrio climático nesta região do Brasil, e
perdas de solos, onde morros desabam, surgem muitas enchentes, há considerável
perda de fauna, flora, e muita erosão social rural.
Aqui
surge a importância dos policultivos.
Um exemplo é o trabalho árduo da empresa Don Natural, de propriedade da família
do Sr. Glaico Sell, situado na cidade de Paulo Lopes – SC, distante 70 km de Floripa, capital de
nosso estado. Hoje Glaico planta em apenas 1.2 há, uma horta modelo e muito bem
cuidada, desde o adubo orgânico comprado, que vem ensacado e certificado, até
sua colheita, embalamento, e consegue um faturamento bruto mensal de R$ - 20.000.00
em média, com 1.2 ha
de horta orgânica! E é uma das pessoas mais respeitadas, já foi até secretário
de agricultura de sua cidade, é ambientalista e muito motivado ou apaixonado no
que faz. Sua esposa recebeu o maior prêmio internacional da ONU: de mulher
trabalhadora rural modelo, no Peru.
Então, é
preciso muito mais investimento neste setor, para que haja uma maior integração
real e sensata entre ministérios e políticas públicas de combate a fome, êxodo
rural e concentração populacional urbana. A importância desta iniciativa ainda
se dá em vários âmbitos:
-
Valoriza a vida e a qualidade da vida humana e ambiental, nas cidades, chamada
de permacultura urbana e no meio rural, considerada agroecologia, agricultura
orgânica e agrofloresta. Consideramos em tese, o uso da expressão permacultura,
como um estágio posterior às outras, que envolve a bioconstrução e a reciclagem
de resíduos e de geração de energia. Se houver ainda o uso de princípios da
agricultura biodinâmica, teremos a revolucionária e exigente “permacultura-biodinâmica”, possivelmente
a salvação da humanidade em nosso planeta.
- Estas
práticas agroecológicas são a base de uma verdadeira educação ambiental, e
podem ser relacionadas com a nutrição vital e integral, alimentação viva,
fitoterapia, homeopatia, medicina natural, preventiva e terapias
holísticas. Isto pode trazer inúmeros
benefícios, a escolaridade, hospitais, consumidores, ocasionando diretamente
economia, saúde e bem estar.
-
Certamente, faltam muito estímulos, como o pagamento menor de impostos a quem
está envolvido com agroecologia, se ter empréstimos mais facilitados, sobretudo
para a compra da terra como sítios, fazendas, para o uso orgânico, e ainda existir
uma assistência técnica atualizada e motivada a este segmento.
Hoje
tudo acontece por conta de quem tem o capital, que se junta a mais pessoas para
a compra de terras, onde formam condomínios e ecovilas, no entanto sem nenhuma
presença e participação governamental, e sem maiores estímulos ou auxílios
financeiros externos. Num momento de graves riscos ambientais, esta ausência de
planejamento e investimento é um atestado de uma política pública ausente e irresponsável,
que precisa ser construída, por uma nova mentalidade, mais realinhada com a
simplicidade, a sustentabilidade e a qualidade integral de vida, e muito mais
distante da voracidade das grandes corporações, empresas, e da industrialização
em alta escala e com seus altos custos socioambientais e pesados lucros.
Mudanças
Climáticas: Sinônimo de um maior aquecimento global, efeito estufa, chuvas
ácidas, derretimento do gelo do planeta, maiores quantidades de calor, UV,
extremos de seca e de chuva, ventos, ciclones, tornados, maremotos, terremotos,
erosão genética, queimadas, extinção de espécies, agrotóxicos, queima de
combustíveis fósseis, tudo isto sendo observado na porta de nossa casa, onde
cidades inteiras estão sendo inundadas, algumas ficando sem água potável,
alimentos, com pessoas subindo nos telhados, que estão sendo arrastados pelas
águas ou pelos morros que estão derretendo feitos gelatinas.
Policultivos,
sistemas agroflorestais, poucos perceberam sua importância para a atenuação
destes impactos ambientais, e onde estão as políticas públicas para seu desenvolvimento
emergencial, e os recursos, a tecnologias, os convites para reuniões, como o
ODM fez, mas com uma visão ainda de muito marketing político?
Uma de
nossas propostas era de se montar viveiros de árvores com agricultores selecionados,
e este serviço seria financiado por um projeto aprovado pela Petrobras, por
exemplo, mas pode ser através da FAO, ONU, UNESCO, IFOAM, UNNIC, WWF, entre
outras fontes, e a cada 20
litros de combustível sendo colocado nos automóveis, a
pessoa recebe por opção, uma árvore para ela plantar e cuidar.
Agora
imagine as nossas estradas sendo replantadas, e nossos morros destruídos sendo
recuperados por SAFs, com a participação da educação ambiental das escolas ou
de empresas. E SAFS podem entrar nas paisagens desertas dos pampas gaúchos, nos
morros de SC, de SP e de MG, na beira de rios, lagoas, no agronegócio da cana,
soja, milho, arroz, os chamados desertos
verdes, que se esqueceram da fauna e da flora nativa, das formigas,
abelhas, mamíferos, que não possuem nem uma árvore para se esconder de tanto
sol, ventos, chuvas...
Esta é
uma civilização imediatista, e sua ganância poderá levar sua sociedade à total
degradação e degeneração, econômica, política, social e espiritual. Só o que
gastam em armas, uns 10 % anuais, já financiariam milhares de projetos
semelhantes aos que estamos propondo.
Mas os recursos ambientais na verdade existem, mas quase 90 % estão
sendo desviados para fins até obscuros e duvidosos.
Por isso
que policultivos, SAFs, a permacultura, são importantes e fundamentais neste momento
em todo o planeta, mas parece que as lideranças políticas, até do PV, não
possuem mais os pés-na-terra, e sim na mente, nos sonhos e nos seus delírios,
de venda de automóveis, IPIs reduzidos para a compra de bens como
eletrodomésticos, para isso há políticas, facilidades, mas para quem quer desenvolver
um projeto sustentável, os instrumentos são onerosos, complicados e muito
difíceis.
Não
podemos esquecer que uma árvore adulta acumula mais de 200.000 litros de
água, e é água que não desce rio abaixo, e quando há seca, elas soltam os
preciosos líquidos da vida, aos poucos, para o solo, regulando a umidade através
da capilaridade. SAFs na beira de rios é a satisfação e salvação para muitas
comunidades.
Por
isso, pelo nosso olhar, desenvolvemos vários conceitos interessantes e bem
contemporâneos, como:
-
Economia Sustentável e Essencial: Produção de bens e itens de baixo custo e
impacto socioambientais, muito importantes para o dia-a-dia das pessoas, e que
sempre possuem venda garantida. Ex:
Alimentos como paes, ervas e sucos.
- Ritmos
Vitais da Paz: Hábitos novos que envolvem meditação, banhos alternados e
hidroterapia, bioenergética, yoga, alimentação viva, vegan, xamãnica ou
alquimia alimentar, fortalecimento energético, qualidade de vida, relações
evolutivas, a busca de uma nova percepção e consciência, tudo isto ensinamos em
palestras, cursos e workshops.
-
Permacultura-Biodinãmica: Somos praticantes e iniciadores, onde podemos ter os
policultivos, com os multiestratos permanentes, e o uso de preparados
biodinâmicos a astronomia agrícola e os ensinamentos de Rudolf Steiner.
- Transversalidade
na Educação Popular e Ambiental: Como enfatizamos, é possível algumas disciplinas
serem unidas em aulas, práticas e vivências, como desenho, música, vídeo,
matemática, economia, ecologia, agricultura, nutrição, fotografia, jornalismo,
literatura, esportes, terapias, entre outras, sobretudo para crianças.
-
Terapia Holística e Medicina Integral: Podemos ter uma formação médica
convencional ou naturóloga, ampliada pelos conteúdos da medicina chinesa,
ayurvédica, bioenergética, terapia reichiana, neo-reichiana, técnicas de
renascimento e de holotrópica, resgate da alma, cura quântica, estudo
apométrico, cristaloterapia, cromoterapia, fitoterapia, homeopatia, yoga, relaxamento,
meditação, são ações que desenvolvemos em nosso Instituto
Anima de Cultura e
Desenvolvimento Sustentável, de forma regular, e que integra a nossa realidade
e busca de uma totalidade. Para isso estamos estudando, lendo, fazendo cursos,
desde o ano de 1983.
É nossa
mensagem neste projeto, e documento oferecido a sua importante revista.
10.
Agradecimento:
Agradecemos
a todos os amigos que conhecemos e nos ajudaram a despertar, aos permacultores
do Brasil e de todo mundo, aos agricultores que ainda amam suas terras, plantas
e animais, que possuem esperança que ocorra uma retomada mundial de sabedoria e
de consciência, é o que dedico este importante artigo. Em tom especial, aos
meus três filhos: Mickaell Urânia, Emmanuel Ângelo e Amana Sarah, e minhas grandes
companheiras da vida: Silvana, Ana Paula e Maristela. Aos nossos parceiros e
novos membros de nossa futura comunidade, ofereço com muito carinho.
Florianópolis - SC, 03 de Março de 2010.
11.
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