20 de maio de 2012

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutrali...

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutrali...: Descrevo os detalhes da minha forma de conduzir meus plantios, a geração máxima de riquezas e de energia ecológica sustetável, útil ...

A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutraliza a Energia Nuclear ...





Descrevo os detalhes da minha forma de conduzir meus plantios, a geração máxima de riquezas e de energia ecológica sustentável, útil sobretudo para a agricultura familiar, a agroecologia e permacultura das  cidades

Muito mais uma filosofia de vida de um ser humano que respeita o seu planeta e não apenas um capitalista que está querendo faturar um dinheiro mais verde com o patrimônio natural... Acredito que seja muito importante este trabalho para se dispõe a implantar sistemas mais sustentáveis, que precise e queira produzir seu proprio alimento, reciclar sua matéria orgânica, e até obter uma nova renda sadia e de maior valor espiritual

Na verdade, cada um de nós precisa acordar, que a responsabilidade por haver alimentos, sementes, mudas, adubos vivos, não é apenas dos agricultores, mas de todos nós. A terra é a nossa parteira, mãe e geradora de energia. Um agricultor e  jardineiro, habita dentro de cada ser, e precisa renascer. Somente desta forma uma educação ambiental pulsará de forma natural em toda a humanidade

Depois, me ajudem, comprando meu livro que estou escrevendo aos poucos. Estes textos fazem parte do seu conjunto. Bom proveito. Saudações. Mauro Schorr (Orua), www.institutoanima.org

A Permacultura Urbana e Rural, Intensiva, Neutraliza a Energia Nuclear ...

 " O que implica o aquecimento global tão sério e urgente é que o grande sistema da Terra, Gaia, está aprisionado num círculo vicioso de feedback positivo. O calor extra de todas as fontes, seja dos gases do efeito estufa (retenção de radiação solar na atmosfera), seja do desaparecimento do gelo ártico ou da floresta amazônica, é amplificado, e seus efeitos não se resumem à somatória. É quase como se tivéssemos acendido uma lareira para nos aquecer e deixado de notar que, à medida que empilhávamos a lenha, o fogo saía de controle e a mobília já estava em chamas. Quando isso acontece, há pouco tempo para controlar o fogo antes que ele consuma a casa. O aquecimento global, como um incêndio, está se acelerando, e quase não sobra tempo para agir. O que devemos fazer, então? Podemos continuar a gozar um século 21 mais quente, enquanto ele durar, e fazer tentativas cosméticas, como o Protocolo de Kyoto, para camuflar o embaraço político do aquecimento global, e temo que isso seja o que vai ocorrer em boa parte do mundo." (James Lovellok em artigo no The Independent: Gaia precisa da energia nuclear)”

O que nos torna talvez tão assustadores ou pouco digeríveis pela "sociedade moderna", tão ainda avessa a valorizar a opção simples de se trabalhar na terra e com maior harmonia com a natureza, e que insiste em identificar em nossos esforços um certo apelo ao primitivismo, é que talvez nossa panacéia ou pajelança de cura para sua fatal enfermidade ou crise de irresponsabilidade global, seja a prática da agricultura sustentável ou agroecologia realmente, tanto no meio rural e na agricultura familiar, quanto, fantasticamente na santa e ex-paradisiaca urbanidade 

“Antigamente, a selva era o mato. Hoje, a selva, é de pedra e asfalto: a cidade”! 

Nos últimos artigos na net que recebemos, alguns enfocam que temos tanta terra preguiçosamente abandonada, entregue aos entulhos, restos de lixões e construções, enquanto muitos países não possuem espaços adequados para seus cultivos, como o Japão, Coréia, Inglaterra, Itália, Grécia, Portugal, entre outros, e eles tem muito maior respeito e produtividade, renda e qualidade de vida do que nós, como isso pode acontecer em um país tão belo e continental?

Outros artigos defendem os plantios monoculturais de eucalipto, atestando sua necessidade e eficiência energética, econômica e financeira, mas esquecem que os solos ressecam, a energia vital dos locais é absorvida, acelerando os processos de morte e de degeneração da atmosfera e da qualidade-de-vida, contudo a manutenção e cultivo de árvores e consórcios nativos ainda é mínima, insipiente, pouco valorizada e pesquisada, poderiam efetivar modelos novos de sistemas agroflorestais e permaculturais multiespaciais, adentrar com estes científicos modelos em áreas de fome, beira de rios, proteções de nascentes, mas tudo isso ainda se faz muito pouco no vasto e monumental Brasil

“Realizei isso no cinturão da fome da miséria de Belo Horizonte, replantando frutas, bambu, árvores nativas, na beira dos rios das comunidades carentes. Se não tivessem frutas comestíveis plantadas, o povo acabaria com as outras mudas, para queimar nos seus fogões de lenha, por que não possuem renda para a compra de gás...”

Depois temos a questão energética. Quanta demanda de energia é necessária para os próximos 10 anos, e aqui no desigual terceiro mundo isso é quase nada perto da poderosa gula do monstro devorador que é os EUA. O que este país que consome 30 % da energia mundial está planejando para manter-se dono do poder mundial, e sobretudo, para sobreviver, se não apelar para a construção de mais usinas nucleares e com isso também fomentar a perpetuação de seu imenso arsenal bélico atômico, ou invadir outras nações alem do Iraque?

Obvio que os EUA é uma país com vários avanços tecnológicos, e a indústria do etanol de milho está sendo largamente impulsionada, o problema que é uma opção intensamente transgênica

Foi este o erro exagerado ou a miopia imprevisível do Sir Lovellok, que por ser inglês é bem possível que não tenha visto a conseqüência de seu ato insano, de alimentar a possibilidade ou a defesa do uso da energia nuclear em todo o delicado mundo

Ele esqueceu que o poder que confere este setor na humanidade alimenta a arrogância de muito poucos e de uma mentalidade egocêntrica e arrogante, onde as bombas recebem nomes pejorativos e eróticos ou de menininhos, como "little ou big babys

No mínimo é curioso refletir sobre o destino de tantas armas atômicas, ou da presença da energia nuclear e seus densos alicerces políticos. Bom, podem destruir a Terra 60 vzs ! Mas este artigo não é para irmos tão longe a respeito deste tema, onde existem pessoas mais próximas que estudam sua dimensionalidade. Imagine a chantagem que presidentes mais liberais recebem dos militares que comandam a indústria bélica nuclear... 

Nosso objetivo é outro: descrever o que podemos trazer como alternativas reais, simples, sensatas, para não precisarmos apelar para sistemas tão complexos, de alto risco de destruição e manipulação. E será um esboço detalhado em alguns campos de apreciação deste vasto e precioso conhecimento

 Permacultura é como uma Luz que Desperta e Renasce a Vida

Estude os passos iniciais para você enfrentar uma situação onde há um terreno baldio ou até mesmo seu quintal a espera de seu gesto nobre e desperto de salvação:

 Limpe o terreno, mas não queime ou enterre nada, pois:

·        Separe os entulhos, e a madeira para lenha ou construção 

  • Plásticos para reciclar ou fazer enterrio para construção, ou enviar para lixões
  • Pedras e tijolos velhos, para socar estacas, fazer muros, ou mesmo pisos ou paredes para construção. Ou seja, nada se joga fora, tudo pode ser útil na permacultura local
Muita gente não gosta de capinar, mas de jogar palha por cima da terra, cobrir com um solo melhor, adubar e plantar, este sistema é interessante mas há a dificuldade de se encontrar os materiais em maior quantidade. E muitas ervas não morrem sendo enterradas como a Tiririca e algumas braquiárias. Em solos bem orgânicos e com pouco mato, é interessante esta tecnologia

As plantas na verdade  curtem crescer no meio da fofa matéria orgânica, mas para áreas maiores é sempre bom capinar-se, ou arar-se superficialmente, e  colocar-se as palhas ao redor das árvores em alturas maiores do que 20 cms, deixando os troncos livres, e tudo obedecendo as curvas de nível para combater-se a erosão

Formar solos cobertos com palha é algo que faz multiplicar a produção de minhocas, é uma descoberta famosa, criada no estado do Paraná, na década de 70, na região de Campo Mourão, chamada de “plantio direto na palha”: aveia e azevem, e trigo no inverno, e a sobre-semeadura de soja ou de milho, ou feijões, ou gergelim com amendoim, no verão, deixando o solo sempre coberto

Compostos vegetais precisam se tornar uma técnica comum de produção de um excelente bioativador dos solos, ao invés de queimar-se a matéria orgânica. Árvores adoram pilhas de composto ao redor de suas raízes

Depois de capinado, poderemos afofar a terra, espalhar calcáreo (Cálcio e Magnésio) e/ou cinza (Potássio, Enxofre e micronutrientes), e se possível pó de rocha (Vários microelementos), e começar a traçar as linhas para os plantios

Composto no meu sitio faço com palha, restos do mato, galhos de guandu, folhas de mucuna e de  mamona, e vou alternando as camadas com esterco de aves, e inoculo tudo com biofertilizante. Possuem normalmente 2 a 3 ms de altura, por 2 a 3 ms de largura. Mas no final do processo, quando prontos, perdem 60 % do volume inicial. São depois do inicio da fermentação, enriquecidos  com minhocas vermelhas californianas,e recebem o preparado biodinâmico Fladen, que é uma mistura inteligente de todos os preparados  
Biofertilizante é feito dentro de um tonel de 200 lts de plástico tampado, e tem 20 % de esterco bovino, com de aves, 100 lts de água, 2 lts de leite, 2 kgs de melado de cana, um pouco de bagaço de cana, restos vegetais verdes escuros, algas e  5 lts de água do mar, alguns resíduos de peixe, cascas de ovos moídos, pó de rocha, e por aí vai. Uma poderosa vitamina agrícola que precisa fermentar, ser mexida vigorosamente toda a semana, e em 30 a 60 dias deve ficar cheirosa, não ácida, equilibrada e na forma liquida, porêm espessa. Seu uso é direto no composto, ou diluído em 10 partes de água pura, sendo filtrada em pano, para ser pulverizada nos finais de tarde sobre as plantas em crescimento. O pessoal mistura 1 lt de leite e côa junto, dizendo que eleva o nível de Cálcio das plantas

O composto fermenta e com seu calor, digere sementes de ervas daninhas e os patógenos como fungos, bactérias, protozoários e amebas, e economiza 50 % do uso do esterco, que atualmente é um adubo caro. Porêm a fixação e disponibilidade de nitrogênio é limitada. Não se pode depender em solos pobres apenas do composto, que possuem no total de seu volume, apenas 1 % do seu peso em nitrogênio

Plantas sem nitrogênio em maior volume disponível, crescem pouco e comercialmente, trazem pouca produção. Para isso se pode aplicar os biofertilizantes líquidos que são mais nitrogenados. Mas o excesso de Nitrogênio causa câncer, anorexia e nitrosaminas cancerígenas nos humanos, e maiores pragas sugadoras, nas plantas, estudem a Teoria da Trofobiose, uma pesquisa científica muito profunda, realizada na França, e muito perseguida

Um Modelo Intensivo de Alta Produção e Biodiversidade

Alem de viajar-se por várias regiões do Brasil, e termos participado de congressos nacionais de agroecologia e de permacultura, onde se destacaram o IV Encontro Brasileiro de Agricultura Alternativa em Petrópolis – RJ,  no ano de 1984, e a aprovação de uma consultoria para o Centro Nacional das Populações Tradicionais – CNPT, do IBAMA, em Brasília, para o PPG7/ONU, na região de fronteira do Brasil com o Peru, na reserva extrativista Chico Mendes, no ano de 1998, desenvolvemos uma síntese de nossas buscas e pesquisas em nosso sitio, aplicando várias eco-tecnologias, na sede de nossa organização, o Instituto Anima de Cultura e Desenvolvimento Sustentável , de forma intensa e objetiva

O Sitio Cristal Dourado foi encontrado abandonado, coberto de mata de cipó espinhoso e com uma população muito elevada de Pinus eliotti. Em 2 meses limpamos o local, retiramos o pinus, e iniciamos um processo de zoneamento e de setorização do sitio, potencializando cada local com novos cultivos e combinações de plantas, em diferentes níveis e estratos agroflorestais. Em 120 dias, plantamos completamente a área, tornando-a muito produtiva:

- Iniciamos com hortas, em sistemas de policultivos: com plantio de ervas medicinais (Menta, mirra, hortelã, malva, cana-de-macaco, arruda, guiné, centella asiática, babosa, saião, orégano, alecrim, tomilho, mercúrio cromo, mil folhas, artemísia, ginseng, cânfora, quebra-pedras, arnica, abre caminho, gervão, ambrosia, entre outras) no extremo dos canteiros, e do lado oposto, espécies mais perenes como couve, berinjela, pimentão, pimenta, tomate, abobrinha, etc. Sementes de hortaliças, como cenoura, rabanete, nabo, rúcula, alface, chicória, agrião, acelga, coentro, salsa, cebolinha, alho porró, foram semeadas em linhas, e no meio das ervas medicinais de maior porte, sendo colocadas à lanço

Posteriormente, devido à forte presença do aquecimento e insolação, tivemos que optar por construir uma estrutura de madeira de eucalipto comprada e utilizamos ainda as próprias toras do sitio, sendo coberta por tela de sombrite 50 %

Entre os postes colocamos fios de arame galvanizado, e introduzimos o plantio de guaco, a ora-pro-nobis, o maracujá, o feijão-vagem guarani, a vagem, o cará voador, a ervilha, fava, bucha e a cabaça

Temos hoje quatro hortas totalmente cobertas, totalizando aproximadamente 900 m2 de área coberta, e sendo irrigadas com mangueiras de microaspersão Santeno tipo II, que são dispostas sobre ripas finas de madeira, penduradas por arames nas estufas de sombrite. O ambiente interno fica protegido, mais úmido e bem vital. Até no verão em nossos solos pobres arenosos, onde o sol é intenso e atinge mais de 14 UV, pois estamos a 1.5 km do mar, temos uma boa produção de alimentos e até de verdes como alface. Isto não ocorre em quase lugar nenhum da “ilha da magia” ou Florianópolis ou Floripa como é chamada nossa capital de SC

- A adubação dos solos: foi realizada durante várias vezes ao ano, com porções pequenas e constantes de calcáreo, pó de rocha, esterco de aves, de boi e nossa compostagem, esta em uma escala maior. Houve o uso de palha de pinus e de serragem fina em alguns locais. Adubação em excesso atrai pragas, e sempre é interessante em doses menores quando as plantas ficam mais enfraquecidas. O uso de biofertilizante foi sempre aspergido em dias de sol muito forte e seco, nos finais de tarde, algumas vezes por ano, e este biofertilizante possui algas, água do mar, pó-de-rocha, bórax, zinco, enxofre, leite, bagaço-de-cana, restos vegetais verdes escuros e animais, como esterco de aves e de cachorro, gado e um pouco de sulfomagro e de biogel comprado externamente. Ele aumenta a absorção de nitrogênio em plantas que estão carentes deste elemento e ativa profundamente a biologia.
Amigos (as), conheçam nossa permacultura medicinal, organizada na forma de produtos como ervas e compostos medicinais que atuam de forma mais profunda e eficaz, alimentos nutritivos integrais, cds musicais e velas artesanais feitas de cera de abelha. Maiores detalhes estão na ecoloja em nosso portal da vida: www.institutoanima.org, e em nosso stand nas ecofeiras em Floripa – SC: Quartas cedinho na UFSC em frente a reitoria, e sábados e domingos, na Lagoa da Conceição 

Somente com a venda de nossos chás e remédios artesanais em nossas ecofeiras e em nossa sede conseguimos manter e investir na manutenção de nossa sede e Sitio Cristal Dourado, sem contar com nossa ampla produção de alimentos agroecológicos fresquinhos e profundos atendimentos terapêuticos. E o mais importante, é que observem todo o potencial que uma área de apenas 1/2 hectare pode fornecer de preciosa abundância, riqueza terapêutica e exemplo de ambiente e de economia de cura 

Quando temos como foco produzirmos produtos essenciais, com a qualidade e certificação orgânica, oficial ou popular, que tenham funções medicinais, sejam úteis a saúde das pessoas, podemos chamar esta nova ou sagrada economia de qualitativa, ou terapêutica, um uma economia que possui valores espirituais. O seu impacto é uma grande possibilidade de venda, sucesso e aceitação da maioria dos clientes. “Uma economia de sabedoria, pode trazer recordes de venda, e uma riqueza infinita”  

Sistemas de Agroflorestais do Sitio Cristal Dourado: 

- Modelo de Agrofloresta I: Policultivos com Maracujá: Temos uma grande produção de maracujá, em sistema de espaldeira ou de arames interligados, consorciado com guandu, mandioca, amendoim, milho crioulo e indígena (Mais de 20 variedades), quiabo, girassol, abóboras, melancias, melões, batata-doce, e feijões vagens guaranis (2 espécies antigas em extinção), crotalária (3 espécies) que servem como alimento secos, verdes e para adubação verde. Os feijões guaranis secos parecem como o feijão azuki, mas são bem mais rústicos e se espalham muito mais. Podem ser aproveitados como vagem ainda verdes e nitrificam os solos. Secos fornecem brotos muito poderosos. O fato é que o Guandu (Cajanus cajan) é uma arboreto fabuloso, e sua flores alimentam as mamangavas, que são especialistas em polinizar os maracujazeiros

O guandu é cultivado ao lado do maracujá, e é podado três vezes ao ano, as sementes secas podem ser cozinhadas com arroz, e são muito fortes, altamente energéticas e depurativas, a mandioca é plantada em linhas com os demais cultivos, distante 1 m, somente que bem espalhada, e a batata-doce é implantada no outro extremo, distante 5 a 10 ms. Mandioca é colhida a cada 12 meses, algumas deixamos 36 meses, e ficam com 1.5 ms cada raiz ! Cada batata-doce neste sistema, se adubada corretamente com composto chega atingir 1.0 kg cada uma!

Ocorre uma maior proteção do solo, com o crescimento da abóbora, melancia, amendoim, batata-doce e feijão guarani. As copas da mandioca também são podadas. Nas porções finais do terreno é introduzida a banana, pinha, ora-pro-nobis, physalis sp, e nos arames que ficam vazios, plantam-se buchas, cabaças, chuchu nos locais mais úmidos, e guaco

Tomem cuidado com este sistema complexo, por que a vida explode em abundância, e o peso sobre os postes de madeira é tremendo em temporais, normalmente tombam toda a produção, por isso que postes de concreto são os mais indicados

Espécies agroflorestais menores podem ser colocadas no centro do sistema, como o mamão, figo, limão, araçá, guabiroba, cabeludinha, côco-anão, açaí, laranjinha, pitanga, acerola e bicuda, arvores frutífera nativa da Ilha de Florianópolis, que possui frutinhas redondas, amareladas, e muito ricas em cálcio e magnésio

Depois da colheita que começa com o quiabo, o milho, o girassol, o feijão, o maracujá, depois ainda temos a crotalária, a batata-doce, a mandioca, inserimos ainda a mucuna preta e cinza (mucuna sp), para forrar o sistema de massa verde e de nitrogênio, sendo podada antes do inverno e deixada como mulching. Em Florianópolis, pode-se plantar milho até no inverno, mas ele é geralmente atacado por gralhas azuis e papagaios da região. Para isso colocamos bastante girassol para que estes animais tenham uma nova fonte de energia e nutrição, colaborando com a estética e a natureza, e descompactando os solos. Mas girassol é sinônimo de pura beleza e comida farta para todo mundo, usado como picles salgados, brotos e leite: uma ativador exponencial da inteligência

Ou seja, se ganha na produção, no enriquecimento do solo, mas em especial, se pode vender e doar grande parte das sementes... Pela net e em sites especiais

- Modelo de Agrofloresta II: Algodão + Laranjeira + Cabeludinha + Araçá + Mandioca + Lab-Lab + Abóboras + Morangas + Melancias: O algodão produz mais quando recebe aporte de nutrientes da poda das copas das mandiocas e da parte do cipozal do lab-lab, e as micorrizas das abóboras ativam o solo. A terra fica toda coberta de lab-lab, intensamente verde e cheia de mulching. Colhe-se muito algodão, morangas, aboboras e melancias facilmente. Frutas amadurecem cada uma na sua época. Comida não falta. Algodão serve para tecelagem e para artesanato com sementes, cachimbos e cabaças

- Modelo de Agrofloresta III: Mamão + Figo + Laranja + Limão + Banana + Leucena + Milho Roxo ou Vermelho + Feijão de Porco + Guandu + Batata-doce + Mandioca: Nos cantos laterais face sul, temos a banana consorciada com guandu, mamona e crotalária, todas estas sendo usadas para poda e adubação verde, e podem ser colhidas suas sementes para nutrição e venda. A batata-doce não vai bem com a banana, não são compatíveis. O plantio de tagetes ainda é aceito pelo bananal se houver luz. O Milho, com feijão-de-porco, quiabo, é plantado em linhas de 1 x 1 ms, e as árvores são cultivadas em sistema de triângulo a cada 8-10 ms. O mamão é uma planta rara na agroecologia, por que sofre muito ataque da doença antracnose, e no sistema agroflorestal e com o uso de pó-de-rocha, calcáreo e cinza podem ter uma incidência menor. Seu valor final atinge até R$ - 3.50/kg, sendo uma importante fonte de renda para feiras e mercados e venda local. A mandioca pode ser plantada bem espalhada, senão se torna dominante e inoportuna para manejo e plantio posterior em outras safras futuras. No inverno é interessante o plantio de ervilhaca neste setor com o tremoço ou aveia preta

- Modelo de Agrofloresta IV: Gergelim + Feijão Cariocão + Feijão Azuki + Aboboras + Morangas + Melancias + Feijão de Porco: Gergelim gosta de ser cultivado até janeiro, em linhas de 1 x 1 ms, e aprecia a compania do feijão, que sempre preservamos em mais de 10 variedades em nosso sitio. Colhe-se a cada kilo de gergelim ou sésamo plantado, 10 kgs de retorno, e é apreciado pelas mamangavas, que são insetos importantes e polinizadores para o maracujá. Neste sistema a novidade interessante é que após a capina amontoamos o material cortado no centro da lavoura, em uma pilha de 2 ms de altura, e deixamos ali tudo decompor durante 60 dias. Após isto, retiramos o inço que nasce na sua porção superior, capinamos e limpamos os cultivos, deixando ainda a beldroega, picão preto, caruru, serragem, tansagem, que são plantas espontâneas que inclusive vendemos para os vegans e naturistas nas ecofeiras, e esta matéria orgânica ou húmus acumulada, volta ao solo e aos cultivos, novamente, fechando um ciclo perfeito. O material verde é juntado e empilhado novamente. Então, aqui nada é queimado, o que é prática comum no Brasil, mas vira matéria orgânica, adubo, economia, saúde, dinheiro e qualidade de vida. Nestas áreas ainda temos araçás, pitangas, limão, banana, arnica, ginseng, em maiores escalas. A venda destes produtos é garantida nas ecofeiras e restaurantes, e há uma demanda imensa que não está sendo suprida

Gergelim adora o consórcio com o amendoim, outra técnica inteligente é se plantar primeiro a mandioca, intercalada com o ginseng (Phaphia paniculada), e nas mesmas linhas se coloca as sementes de gergelim em linhas de 1 x 1 m, com uma dosagem maior de adubação e correção. Nestas linhas podem ser adicionadas o feijão de porco junto o ano todo e a ervilhaca no inverno. A cultura do gergelim é linda, produtiva, é usada na fabricação de gersal e de tahine. Para isso tem que se bater o gergelim colhido antes de inteiramente seco no  espigamento, e ainda abanado e limpo com o uso de um secador de cabelo. È bom deixá-lo sob o sol durante vários dias

- Modelo de Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu + Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo, pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado, sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por que invade os arames do maracujá. Ainda pode entrar neste sistema o pepino e diferentes aboboras e morangas

Neste local temos uma bela e oportuna infestação de beldroegas – Portulaca speciosa L., uma planta que concentra grande quantidade de ômega 3 e 6

- Modelo de Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras + Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola + Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área. No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local. Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça

- Modelo de Agrofloresta V: Maracujá + Feijão Cariocão + Quiabo + Mandioca + Guandu + Crotalária: O maracujá está plantado em postes de concreto com fios diversos, e a distância entre glebas ou linhas distantes é 5 ms, e nestas áreas temos cultivos de mandioca em linha, com o guandu semeado a lanço junto com a crotalária. O feijão entra na outra linha a direita, mais limpa, sem adubos verdes. Uma espécie de porte ereto é sempre consorciada, como milho, quiabo, pimenta, tomate, berinjela ou o funcho. O guandu cresce muito e é manejado, sendo podado. O feijão-guarani pode ser colocado e manejado cuidadosamente, por que invade os arames do maracujá

- Modelo de Agrofloresta VI: Arroz Catetinho de Seco + Feijão Guarani + Mandioca + Aboboras + Morangas + Melancias + Crotalária em Aléias + Laranjeira + Pitanga + Acerola + Ginseng: Arroz cateto de seco é semeado em linhas 0.30 x 0.30, junto com feijão, mandioca, aboboras, melancias, as mudas de mandioca são colocadas de forma bem distante, e as árvores frutíferas são espalhadas nos cantos da área. No centro é inserido uma aléia de crotalária bem intensiva, e o ginseng é cultivado em touceiras, distantes 1 x 1 ms, e apenas no setor direito do local. Ele é muito produtivo e bastante agressivo. Bambu é inserido na cerca, junto com abacate, goiaba, pinha, maracujá, banana, pitanga e cabaça

“Só passa fome quem quer ou está dormindo, o planeta Terra é uma potência produtiva, mas as pessoas possuem suas mentes fechadas ou aprisionadas em modelos pouco abundantes e plenos. O planeta Terra continua sendo um belo jardim do èden”

- Temos na parte fronteiriça do sitio o plantio de paineira, jacarandá, ipê amarelo, ipê roxo, pau brasil, guarapuvu, canela-preta, abacate, araucária, leucena, e muita banana, maracujá, ora-pro-nobis, girassol nativo, conhecido como Tupinambur, uma nova espécie rica em nutrientes essenciais, que está sendo pesquisada para ser introduzida para o fabrico de farinhas especiais
Resultados:

Em uma área de quase 5.000 ms, avaliada em seu valor de mercado em 1 milhão de reais, podemos alimentar em condições de solos pobres, cerca de 50 pessoas mensalmente, e se as condições de fertilidade e de irrigação forem melhores, este número alcança mais de 200 pessoas/mês

A ampla diversidade de produtos, sementes, mudas, reciclagem de nutrientes, alternativas de renda e o impulso a criatividade, podem ser decisivos para quem busca novas soluções relacionadas ao uso mais sustentável, dinâmico e que traga mais retornos a sua terra. Esta é a missão de nosso instituto, propor estas soluções aos movimentos sociais rurais e urbanos, favelas e classes mais desfavorecidas

Nossa idéia inicial que foi sendo clareada aos poucos era de que a renda de nosso sitio não seria suficiente apenas com a venda de verduras e de algumas frutas. Mas a combinação de chás simples e compostos, fabricação de remédios fitoterápicos, paes e cucas medicinais, pizzas, pesto, bolos, biscoitos, granola, sucos verdes, ervas frescas, banana-passa, licores de maracujá, geléias de banana, artesanato, venda de sementes crioulas, frutas, legumes e verduras, poderiam ocasionar uma maior satisfação aos clientes e a geração de renda diversas e constante, inclusive através de nossos sites e redes sociais

Obvio que tudo isso exige muito trabalho, diário, mas com a harmonia, como uma meditação ativa, nós do Instituto Anima, levamos as nossas atividades, buscando não cansar, forçar a barra e estressar demais, ao mesmo tempo, não damos mole e deixamos as coisas muito para depois, mas justamente, sempre planejamos realizar “o futuro desde já ou até para ontem”. Pois o nosso amanhã desta forma se torna mais abundante, leve e prazeroso

As pessoas em geral não costumam realizar as tarefas simples com atenção e dedicação. Estão geralmente presos a desejos grandes materiais, pois para nós estas coisas maiores acontecem por que são atraídas pelo nosso trabalho e esforço realizado no passo a passo, e que busca a perfeição e grande eficiência. Apreciamos muito o velho ditado: “o negócio é ser pequeno”. E juntem muitas coisas pequenas bem feitas, para ver a força e a beleza que ficam: um exemplo de uma totalidade e felicidade, uma coerência maior muito grande que é demonstrada

O trabalho correto com a terra, dentro de uma visão holística, mais espiritualizada, aberta, faz a mente descansar, relaxar, e o organismo absorver muita energia, e assim ter mais saúde. Este é outro resultado qualitativo, que é esquecido normalmente: a agricultura pode servir como um processo terapêutico, básico para a formação de uma medicina integral preventiva e uma vida e sociedade mais saudável

“Imagine que a terra é feita 90 % de silício, e ele forma os cristais, e quando estamos em conecção com o trabalho com a agricultura, podemos absorver esta força cristalina, e nosso corpo, saúde e mente, se torna plena e clara, e purificada, feito um cristal “

Mas há fatores importantes que impactuam com propostas desta natureza, como a falta de recursos, o que é paradoxal, afinal só se fala em meio ambiente e sustentabilidade em todo o planeta, mas quando se busca as verbas dos projetos, elas normalmente ficam no papel e não são acessadas facilmente. Mas as causas deste absurdo é o desvio dos recursos por questões políticas, onde empresas de fachada são normalmente as que são beneficiadas, e que tecnicamente e historicamente não estão engajadas. Por isso que se recomenda que as iniciativas sejam muito focadas na produção e venda direta de produtos, e não dependam tanto de verbas oficiais

Para descrever os resultados de nosso projeto, nós montamos uma tabela explicativa, com receitas e custos. Ela é aproximada a nossa realidade.
Podemos observar que este projeto é viável, possui uma receita bem maior que seus custos, ainda que não esteja computando os investimentos de mão de obra, por que são próprias, e não terceirizadas. O mais interessante é a riqueza da diversidade de produtos, sua qualidade artesanal, a forma como são produzidas e a satisfação da clientela e seu respeito, que sempre cresce cada vez mais 

O fato é que estes sistemas podem ser adotados em outras realidades, onde alguns exemplos populares já existem em localidades pobres da Amazônia e do Nordeste brasileiro, sobretudo os produtores de açaí, de borracha natural e de leite de cabra.  Estas informações foram mostradas pelo Globo Rural na televisão, em alguns domingos pela manhã

Um dos aspectos também sensíveis é relacionado à autogestão e auto-suficiência alimentar e genética deste projeto, onde a qualidade da nutrição, dos produtos, sempre fresquinhos, plantados e colhidos por quem plantou, chega à mesa e podem ser degustados satisfatoriamente. Bem diferente de quem compra em um mercado e em um sacolão, aqueles alimentos pobres de nutrientes, muito envenenados, carentes de vitaminas e sais minerais. Este fator nutricional é muito importante, e resulta em uma receita qualitativa que não podemos mensurar

Relacionado às sementes, em um momento de séria crise ambiental, as sementes são bens valiosos, que precisam receber mais atenção e cuidados especiais. Seu plantio, seleção, armazenamento, é outra face da riqueza cultural e espiritual de um bom agricultor, que está zelando na verdade pelo futuro de nossa espécie em nosso planeta. Mas isto exige muita sabedoria, de quem realmente dá muito valor e prevê ou planeja um bom futuro, uma sustentabilidade, real

O lado da estética da paisagem, sua força vital, a presença de animais silvestres, a reciclagem dos resíduos, nos locais certos, a felicidade encontrada nos animais domésticos, como cães, gatos, galinhas, pássaros, a nutrição e zelo com os minhocários, o aroma e perfume das ervas, flores, presença de insetos, a pureza da água de poço, fazem de nosso projeto uma plena satisfação que traz paz, tranquilidade, amor ao próximo, muito serviço devocional e alegria a quem chega, um grande acolhimento à todos que nos visitam 

Por isso que dizemos que o ápice da humanidade é perceber que ela pode encontrar um equilíbrio novamente com a natureza, e ativar ainda mais os seus ritmos naturais e vitais, alcançando o zênite na agrofloresta e na permacultura. Na verdade, concluímos que podemos fazer deste planeta novamente um incrível e poderoso jardim do éden, como ele foi, e possivelmente voltará a ser, com ou sem a nossa presença

“A maior sabedoria do ser humano, será se dedicar por vidas a impulsionar e estruturar uma nova etapa da nossa eco-agricultura: a permacultura-biodinâmica”

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: Soja - A história não é bem assim : detalhes trági...

*Cultura de Cristal *: vamos rumar juntos para uma nova era mais verdadeira e sustentável !!!: Soja - A história não é bem assim : detalhes trági...: SOJA – A História Não É Bem Assim... Hummm, novamente, fica óbvio, que a raça humana para ser realmente humana, vai ter que repensar m...

Soja - A história não é bem assim : detalhes trágicos nutricionais

SOJA – A História Não É Bem Assim... Hummm, novamente, fica óbvio, que a raça humana para ser realmente humana, vai ter que repensar muito, o que ela focaliza como trabalho nobre e sábio. Se matar de trabalhar, para plantar algo que talvez seja uma alimento e uma nutrição ainda involutiva, é algo no minimo trágico. Somente uma educação espiritual, terapêutica, transcendente, nobre, que desperte uma consciência nova, exigente, ética, uma reconecção com a verdadeira humildade e o ser interno, uma forma de se atuar meditando, economizando energia, até mental, ecológica, e produzindo uma riqueza realmente necessária, não ANIMALESCA, é o que poderemos perceber que é o verdadeiro caminho de sustentabilidade para um futuro seguro. Hoje em dia, as pessoas mais evoluídas cada vez se alimentam menos, bebem mais sucos verdes e vivos, e dependem muito menos de grãos e alimentos industriais. Pensem nisso, e mudem para valer. Orua, www.institutoanima.org

http://www.novosrumosnews.com.br/dir/spatourlifems145.html

SOJA – A História Não É Bem Assim
Hoje em dia existe uma verdadeira febre de consumo de soja. Propagada como um alimento rico em proteí­nas, baixo em calorias, carboidratos e gorduras, sem colesterol, rico em vitaminas, de fácil digestão, um ingrediente saboroso e versátil na culinária, a soja, na verdade é mais um “conto do vigário” do qual a maioria é ví­tima.

É bem verdade que a soja vem da Ásia, mais especificamente da China. Porém, os chineses só consumiam produtos FERMENTADOS de soja, como o shoyu e o missô.

Por volta do século 2 A.C., os chineses descobriram um modo de cozinhar os grãos de soja, transfomá-los em um purê e precipitá-lo através de sais de magnésio e cálcio, formando o assim chamado “queijo de soja” ou tofu. O uso destes alimentos derivados de soja se espalhou pelo oriente, especialmente no Japão. O uso de “queijo de soja” como fonte de proteí­na data do século 8 da era cristã (Katz, Solomon H: “Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems”, Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50).

 Não é à toa que os antigos chineses não se alimentavam do grão de soja. Hoje a ciência sabe que ela contém uma série de substâncias que podem ser prejudiciais à saúde, e que recebem o nome de antinutrientes.

Um destes antinutrientes é um inibidor da enzima tripsina, produzida pelo pâncreas e necessária à boa digestão de proteí­nas. Os inibidores da tripsina não são neutralizados pelo cozimento. Com a redução da digestão das proteí­nas, o caminho fica aberto para uma série de deficiências na captação de aminoácidos pelo organismo. Animais de laboratório desenvolvem aumento no tamanho do pâncreas e até câncer nessa glândula, quando em dietas ricas submetidos a inibidores da enzima tripsina.

Uma pessoa que não absorve corretamente os aminoácidos, tem o seu crescimento e desenvolvimento prejudicado. Você já notou que os japoneses são, normalmente, mais baixinhos? Já os descendentes que vivem em outros paí­ses e adotam as dietas desses paí­ses, costumam ter uma estatura maior que a média no Japão. (Wills MR et al: Phytic Acid and Nutritional Rickets in Immigrants. The Lancet, 8 de abril de 1972, páginas 771-773).

Fontes atualizadas sobre os malefícios da soja:


O efeito inibitório da absorção de aminoácidos pode comprometer a fabricação de inúmeras substâncias formadas a partir dos mesmos, entre os quais, os neurotransmissores. A enxaqueca, a cefaléia em salvas, a cefaléia do tipo tensional, e outras dores de cabeça, além de depressão, ansiedade, pânico e fibromialgia, são causadas por um desequilí­brio dos neurotransmissores. Qualquer fator que prejudique a sua fabricação, pode aumentar ou perpetuar esse desequilí­brio.

A soja contém também uma substância chamada hemaglutinina, que pode aumentar a viscosidade do sangue e facilitar a sua coagulação. Portadores de enxaqueca já sofrem de um aumento na tendência de coagulação do sangue e uma propensão maior a acidentes vasculares. A pior coisa para esses indiví­duos é ingerir substâncias que agravam essa tendência.

Tanto a tripsina, quanto a hemaglutinina e os fitatos, que mencionaremos a seguir, são neutralizados totalmente pelo processo de fermentação natural da soja na fabricação de shoyu e missô, e parcialmente durante a fabricação de tofu.
Os fitatos, ou ácido fí­tico, são substâncias presentes não apenas na soja, mas em todas as sementes, e que bloqueiam a absorção de uma série de substâncias essenciais ao organismo, como o cálcio (osteoporose), ferro (anemia), magnésio (dor crônica) e zinco (inteligência).

Você não sabia de nada disso?

Mas a ciência já sabe, estuda esse fenômeno extensamente e não tem dúvidas a respeito. Já comprovou este fato em estudos realizados em paí­ses subdesenvolvividos cuja dieta é baseada largamente em grãos. (Van-Rensburg et al: Nutritional status of African populations predisposed to esophageal cancer, Nutr Cancer, volume 4, páginas. 206-216; Moser PB et al: Copper, iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese lactating women and their breast-fed infants, Am J Clin Nutr, volume 47, páginas 729-734; Harland BF, et al: Nutritional status and phytate: zinc and phytate X calcium: zinc dietary molar ratios of lacto-ovo-vegetarian Trappist monks: 10 years later. J Am Diet Assoc., volume 88, páginas 1562-1566).

Claro que a divulgação desse conhecimento não é do interesse de toda uma indústria multibilionária da soja. A soja contém mais fitato que qualquer outro grão ou cereal. (El Tiney AH: Proximate Composition and Mineral and Phytate Contents of Legumes Grown in Sudan”, Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, 1989, pp. 67-78).

Para os demais cereais e grãos (arroz integral, feijão, trigo, cevada, aveia, centeio etc), é possí­vel reduzir bastante e neutralizar em grande parte o conteúdo de fitatos, através de cuidados simples, como deixá-los de molho por várias horas e, em seguida, submeter a um cozimento lento e prolongado. (Ologhobo AD et al: Distribution of phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some effects of processing. J Food Sci volume 49 número 1, páginas 199-201).

Já os fitatos da soja não são reduzidos por essas técnicas simples, requerendo para isso um processo bem longo (muitos meses, no mí­nimo) de fermentação. O tofu, que passa por um processo de precipitação, não tem os seus fitatos totalmente neutralizados.

Interessantemente, se produtos como o tofu forem consumidos com carne, ocorre uma redução dos efeitos inibidores dos fitatos. (Sandstrom B et al: Effect of protein level and protein source on zinc absorption in humans. J Nutr volume 119 número 1, páginas 48-53; Tait S et al, The availability of minerals in food, with particular reference to iron J R Soc Health, volume 103 número 2, páginas 74-77).

Mas geralmente, os maiores consumidores de tofu são vegetarianos que pretendem consumi-lo em lugar da carne!

O resultado?

Deficiências nutricionais que podem levar a doenças como dores crônicas, como dor de cabeça e fibromialgia. O zinco e o magnésio são necessários para o bom funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. O zinco, em particular, está envolvido na produção de colágeno, na fabricação de proteí­nas e no controle dos ní­veis de açúcar no sangue, além de ser um componente de várias enzimas e ser essencial para o nosso sistema de defesas. Os fitatos da soja prejudicam a abosrção do zinco mais do que qualquer outra substância.(Leviton, Richard: Tofu, Tempeh, Miso and Other Soyfoods: The “Food of the Future” – How to Enjoy Its Spectacular Health Benefits, Keats Publishing Inc, New Canaan, CT, 1982, páginas 14-15).

Por conta da tradição oriental, indústria da soja conseguiu inseri-la num patamar de “alimento saudável”, sem colesterol e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais vegetariano. Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas desinformados, ou melhor, mal informados por publicações pseudo-cientí­ficas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja, fornecendo conselhos, em programas de TV em rede nacional, no sentido de consumi-la na forma de leite de soja (até para bebês!!), carne de soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteí­na texturizada de soja, e a maior sensação do momento, comprimidos de isoflavonas de soja, sobre a qual comentarei mais adiante neste livro. A divulgação, na grande mí­dia, destes produtos de paladar no mí­nimo duvidoso, como sendo saudáveis, tem resultado em uma aceitação cada vez maior dos mesmos por parte da população.

Que prejuí­zo! (Não para a indústria, é claro).

Sabe como se faz leite de soja?

Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina. Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão. Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos antinutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteí­nas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão. (Wallace GM: Studies on the Processing and Properties of Soymilk. J Sci Fd Agric volume 22, páginas 526-535). Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.

A propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é à base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo, cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai para a sua mesa, e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias cancerí­genas. Este n-hexano reduz, também, a concentração de um aminoácido importante, a cistina. (Berk Z: Technology of production of edible flours and protein products from soybeans. FAO Agricultural Services Bulletin 97, Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas, página 85, 1992). Felizmente, a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral – alimentos estes normalmente evitados pelos consumidores de leite de soja.

Mas como? A soja não é saudável? Não é isso que dizem os médicos e nutricionistas?

Infelizmente, a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa à toda a indústria alimentí­cia. A alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio. Dois terços de todos os alimentos processados industrialmente, contém algum derivado da soja em sua composição. É só conferir os rótulos. A lecitina de soja atua como emulsificante. A farinha de soja aumenta a “vida de prateleira” de uma série de produtos. O óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos. A indústria da soja é enorme e poderosa.

E como se fabrica a proteí­na de soja?

Em primeiro lugar, retira-se da soja moí­da o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes quí­micos e alta temperatura. Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras. Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina. Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes! (Rackis JJ et al: The USDA trypsin inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details. Qual Plant Foods Hum Nutr, volume 35, pág. 232).

Não existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja a exibirem, nos rótulos, a quantidade de inibidores da tripsina. Também não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas deste produto. Que conveniente!
O povo… coitado… só foi “treinado” para ficar de olho na quantidade de coleterol – esta sim, presente em todos os rótulos. Uma substância natural e vital para o crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do organismo como um todo.

O povo nunca ouviu falar nos antinutrientes e inibidores da tripsina dos alimentos de soja. A proteí­na texturizada de soja (proteí­na texturizada vegetal, carne de soja) possui um agravante: a adição de glutamato monossódico, no intuito de neutralizar o sabor de grão e criar um sabor de carne.

Alguns pesquisadores acreditam que o grande aumento das taxas de câncer de pâncreas e fí­gado, na África, se deve à introdução de produtos de soja naquela região. (Katz SH: Food and Biocultural Evolution: A Model for the Investigation of Modern Nutritional Problems. Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 pág. 50). A minha dica: Quando consumir soja, utilize apenas os derivados altamente fermentados, como o missô e o shoyu. Mesmo assim, muita atenção para os rótulos. Compre apenas se neles estiver escrito “Fermentação Natural”, e se NÃO contiverem produtos como glutamato monossódico e outros ingredientes artificiais. Quando consumir tofu, certifique-se de lavá-lo com água corrente, pois grande quantidade dos antinutrientes ficam no seu soro.

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